Sexta, 05/05/2006: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
Ir para navegação Ir para pesquisar
(Criou página com '{{Comentário}}<poem> Para a dor de uma paixão, o melhor remédio é chorar, contigo aprendi. Vai apertar o coração, mas é melhor que ser falso e sorrir. Por isso, eu chor...')
 
Sem resumo de edição
Linha 13: Linha 13:
como o Drummond, eu também nunca mais vou esquecer.
como o Drummond, eu também nunca mais vou esquecer.


Assim, choro no Banco em frente ao computador
Assim, choro em frente ao computador
e mesmo durante uma ou outra reunião.
e durante uma ou outra reunião.
Choro de raiva e choro de amor;
Choro de raiva e choro de amor;
tem aquele choro engolido e o choro de aluvião.
tem o choro engolido e o choro de aluvião.
Quase sempre eu choro pra valer.
Quase sempre eu choro pra valer.
É um choro molhado, um choro escorrido,
Um choro molhado, choro escorrido,
choro mesmo um choro doído:
choro mesmo um choro doído:
eu vou chorar até morrer
eu vou chorar até morrer
Linha 28: Linha 28:
E não tenho nenhum medo de escrever
E não tenho nenhum medo de escrever
(da sintaxe nem da regra gramatical),
(da sintaxe nem da regra gramatical),
não há, que dure para sempre, algum mal,
não há que dure para sempre algum mal,
aprendi que se eu caí, vou ter força pra levantar.
aprendi que se eu caí, vou ter força pra levantar.


Choro sem por isso sentir vergonha.
Choro sem por isso sentir vergonha.
Choro tanto, choro de manhã ao ver a claridade no quintal, choro
Choro tanto, choro de manhã ao ver a claridade no quintal,
à tarde em meio a teclas e papel
choro à tarde em meio a teclas e papel
e choro na boca da noite para que passe logo a noite.
e choro na boca da noite para que passe logo a noite.
Choro e deixo molhada a fronha -
Choro e deixo molhada a fronha -

Edição das 09h55min de 9 de junho de 2009

<poem>


Para a dor de uma paixão, o melhor remédio é chorar, contigo aprendi. Vai apertar o coração, mas é melhor que ser falso e sorrir.

Por isso, eu choro em casa (onde se materializa o nosso vínculo), choro no trabalho e choro também no trânsito. Dirigindo choro aos cântaros, vejo as pedras no caminho que eu não pude tirar... como o Drummond, eu também nunca mais vou esquecer.

Assim, choro em frente ao computador e durante uma ou outra reunião. Choro de raiva e choro de amor; tem o choro engolido e o choro de aluvião. Quase sempre eu choro pra valer. Um choro molhado, choro escorrido, choro mesmo um choro doído: eu vou chorar até morrer a perda dessa mulher.

Quando vem a vontade não faço nada para conter, para minha alma apertada é a melhor forma de afrouxar. E não tenho nenhum medo de escrever (da sintaxe nem da regra gramatical), não há que dure para sempre algum mal, aprendi que se eu caí, vou ter força pra levantar.

Choro sem por isso sentir vergonha. Choro tanto, choro de manhã ao ver a claridade no quintal, choro à tarde em meio a teclas e papel e choro na boca da noite para que passe logo a noite. Choro e deixo molhada a fronha - é sim uma espécie de autoaçoite.

Há muito tempo eu sabia que era meu destino ser poeta, mas não imaginava carregar essa chaga aberta.