Fantasia: mudanças entre as edições
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Edição das 14h38min de 27 de junho de 2009
<poem>
Contigo aprendi que eu vivia inventando metáforas inventando na fantasia do dia nas três dimensões buscando algo além que fosse capaz de tirar-nos os dois da loucura que é e que tem sido viver (uma espécie de deus nos poupando a dor de todo processo de libertação) ao mesmo tempo eu aprendi contigo que a fantasia é vital
a fantasia é vital a fantasia é vital
mas a vida (ah, a vida) não acontece _ contigo aprendi _ numa folha de papel a vida não se resolve no taquetaquear da máquina de escrever, esta mesmo sendo elétrica movida a velocidade de bytes não acompanha o ritmo da vida. Contigo aprendi como também disse Mário Quintana que a vida é breve e o amor mais breve ainda. Aprendi que é preciso cuidar do amor há que ter perícia há que ter astúcia e sempre um pouco de malícia;
às vezes conter a emoção e ter coragem de esperar
ou
na hora certa
esperar sua melhor definição _
eu aprendi contigo que as coisas sentimento
quando enfim são ditas
além de ganhar uma velocidade têm caminho próprio
e podem seguir uma trilha desconhecida (embora não saibamos
esta
é sempre a melhor).
Por, para e com tudo isso eu aprendi contigo que a vida sendo muito valiosa não merece o menor cuidado: há que ser jogada no lixo porque do lixo nasce a flor há que ser pisada esmigalhada porque da fagulha explode o incêndio há que ser moída porque da garapa surge o mel há que ser arremessada a distância para que passemos o tempo a sua procura.