Pigmaleão: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
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Nem observas, afinal os mortais não lhe cabem
Nem observas, afinal os mortais não lhe cabem
Muito, muito acima deles.
Muito, muito acima deles.
És tão bela, tão divina e tão isolada,  
És tão bela, tão divina  
Mas tão incompreendida.
Tão isolada,  
 
Tão incompreendida.
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Edição das 11h28min de 3 de julho de 2009

Para B.T.


Isolo-te em meus pensamentos íntimos
E nem nos meus sonhos mais ocultos
Poderia eu sequer modelar ou vislumbrar
Com o talento de um escultor ou artesão
Uma beleza tão intensa e bela
Como a pureza do teu olhar de vidro

                             ...Sonhar...

As mulheres, vulgares mulheres
Não podem sequer comparar à tua força
Ora, elas mortais foram feitas para a vaidade
Mas a tua força vem acima, da Divindade.

                             ...Sonhar...

Éres formosa, não apenas pelo teu corpo
Não pelo teu rosto, que torna tão fútil
A beleza de Helena de Tróia
Que foi motivo de mil desgraças.
Mas és formosa pelo teu caráter
Pela tua vida, tua sabedoria
Algo que dia a dia me anima.

                            ...Sonhar...

Posso ficar horas a te observar
Na escuridão dos reinos da ilusão
Não pelo desejo, mas pela inspiração
Não são os favores do leito
Que requero de ti, Afrodite bem o sabe
Os homens, são vaidosos, só vêem prazer
Mesmo quando o que se busca é o afeto
Por si, por si, sem mais desejos.

                            ...Sonhar...

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Mas nas tuas alturas
Sequer pode perceber este mero mortal
Nem vês, afinal teu Destino é o Sonhar
Nem observas, afinal os mortais não lhe cabem
Muito, muito acima deles.
És tão bela, tão divina
Tão isolada,

Tão incompreendida.