Sexta, 15/09/2006: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
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os carros parados no semáforo
os carros parados no semáforo


Ou atravessando o Eixão Norte
Atravessando o Eixão Norte
ele reflete em tiras o céu,
ele reflete tiras de céu,
as árvores, as quadras, a grama
as árvores, as quadras, a grama
e se arrisca a morrer
e se arrisca a morrer
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e cada pedaço guardando a lembrança
e cada pedaço guardando a lembrança
de um lugar por onde ele passou
de um lugar por onde ele passou
mas ninguém quis comprar  seu espelho cafona -
e ninguém quis comprar  seu espelho ambulante -
em cada pedaço espalhado no asfalto
em cada pedaço espalhado no asfalto
-se refletidos a cidade e seus habitantes
vêem-se refletidos a cidade
e seus habitantes


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Edição atual tal como às 21h40min de 25 de julho de 2009

<poem>

O vendedor de espelhos atravessando a W3 carrega penduradas em seus ombros as imagens das vitrines coloridas as faixas brancas para pedestres os carros parados no semáforo

Atravessando o Eixão Norte ele reflete tiras de céu, as árvores, as quadras, a grama e se arrisca a morrer atropelado por um carro a cem por hora...

Mil estilhaços esparramados no chão e cada pedaço guardando a lembrança de um lugar por onde ele passou e ninguém quis comprar seu espelho ambulante - em cada pedaço espalhado no asfalto vêem-se refletidos a cidade e seus habitantes