Brasiléia: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
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==Povos==
==Povos==
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No começo eram os índios
No princípio éramos povos
algo como alguns milhões
De mil nomes línguas terras
não podiam imaginar
Tínhamos nossas mil fés
um futuro de grilhões
Lutávamos nossas mil guerras
 
Despertávamos o sol, a lua
Por danças e invocações
Nos contavam as cachoeiras
Segredos das estações
 
Por séculos aqui vivemos
Em solidária companhia
À natureza, rios e mar
Montanha e floresta,
Perigo e alegria
 
Só há pouco vimos chegar
Em monção, bandeira e missão
Os arcabuzes da lusofonia
Berrando chumbo em tom cristão
 
Que por Índios nos abreviaram
Logo o nome, a terra, a vida
E em grilhões nos sufocaram
A língua, a fé, a alma perdida
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Edição das 03h08min de 25 de setembro de 2009

A Brasiléia, o épico das multidões! Ela se explica-se a si mesma e, se não explicar, pague uma pinga pra ela que de bom humor vocês se entendem!

Introdução

Minha terra não se métrica
Que súbita harmonia
A Brasiléia não é épica
Seja uma ode à alegria

A multidão herói
Da pátria sem fronteiras
Constrói seu mutirão
À livre moda brasileira

Povos

No princípio éramos povos
De mil nomes línguas terras
Tínhamos nossas mil fés
Lutávamos nossas mil guerras

Despertávamos o sol, a lua
Por danças e invocações
Nos contavam as cachoeiras
Segredos das estações

Por séculos aqui vivemos
Em solidária companhia
À natureza, rios e mar
Montanha e floresta,
Perigo e alegria

Só há pouco vimos chegar
Em monção, bandeira e missão
Os arcabuzes da lusofonia
Berrando chumbo em tom cristão

Que por Índios nos abreviaram
Logo o nome, a terra, a vida
E em grilhões nos sufocaram
A língua, a fé, a alma perdida

Estados

Aquarela

Se me permitis vós a graça
De aqui pintar aquela luz
Em formas multicoloridas
Nossa Brasiléia nos seduz

Ao vermelho terra intenso
Tons pastéis vem se mesclar
Ocres, sépias, liláses, ambar
No relevo a se abraçar

Azul céu, indescritível
Denso sem começo e fim
E o crepúsculo horizonte
Casando amarelo e carmin

Um espetáculo se formando
Do arco-íris nos vem brindar
Com os matizes dessa Terra
A nos conduzir e abençoar...