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Edição das 11h07min de 17 de janeiro de 2010
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A falsa flor (meu segredo) até hoje permane intacta. Seu perfume inebriando corações. A impressão de que já morri causa uma sensação de alívio _ meu vulto andante (sombra lembrança) pode não cumprir a obrigação eleitoral, por exemplo. Espirituoso, às vezes, vou passando por inteligente: mas a certeza, ao contrário, de que vivo, e por isso, sou real me lança à parede do confronto entre o ter que e o simplesmente fazer. A falsa flor começa a despetalar-se; não ao sol, à chuva, ao vento, mas numa espécie de auto-flagelo, num prazer mistorioso que tem o suicídio.