Eita cerrado arcaico: mudanças entre as edições
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Pela manhã luminosa de janeiro | Pela manhã luminosa de janeiro | ||
mangas douradas reunir sobre a grama crescida. | mangas douradas reunir sobre a grama crescida. | ||
Antes do banho de bica colher as pitangas maduras | Antes do banho de bica colher as pitangas maduras | ||
lembrando certa tarde em Olinda | lembrando certa tarde em Olinda | ||
(quando Gina, minha anfitriã, fez um suco delicioso | (quando Gina, minha anfitriã, fez um suco delicioso | ||
das rubras pitangas compradas na feira ) | das rubras pitangas compradas na feira ) | ||
Os alma de gato estão de volta | Os alma de gato estão de volta | ||
revoam e se equilibram graciosos | revoam e se equilibram graciosos | ||
com longas caudas cor de ferrugem | com longas caudas cor de ferrugem | ||
entre os muitos verdes do arvoredo. | entre os muitos verdes do arvoredo. | ||
Buscam as lagartas gordas e coloridas | Buscam as lagartas gordas e coloridas | ||
que sobem pelo pé de jasmim. | que sobem pelo pé de jasmim. | ||
É tempo de fartura de alimentos, flores, frutas, | É tempo de fartura de alimentos, flores, frutas, | ||
sementes e insetos no papo dos passarim. | |||
sementes e insetos no papo dos | |||
Há que se agradecer à chuva | Há que se agradecer à chuva | ||
toda essa generosidade | toda essa generosidade | ||
toda essa beleza e prosperidade | toda essa beleza e prosperidade | ||
que a terra manifesta | que a terra manifesta | ||
Há que se agradecer ao tempo | Há que se agradecer ao tempo | ||
o viço dessas plantas | o viço dessas plantas | ||
que nos enchem os olhos de beleza | que nos enchem os olhos de beleza | ||
nos curam e alimentam a alma | nos curam e alimentam a alma | ||
Olhar com carinho e conhecer melhor | Olhar com carinho e conhecer melhor | ||
cada árvore desse bosque nativo | cada árvore desse bosque nativo | ||
cada erva, mesmo que pequena e rasteira | cada erva, mesmo que pequena e rasteira | ||
como a poaia, quebra pedra e abrandamundo | como a poaia, quebra pedra e abrandamundo | ||
pacari, pé de perdiz, sumaré e chapéu de couro | pacari, pé de perdiz, sumaré e chapéu de couro | ||
douradinha, congonha, bolsa de pastor e marcelinha | douradinha, congonha, bolsa de pastor e marcelinha | ||
saber de seus princípios curativos | saber de seus princípios curativos | ||
Estamos rodeados de uma farmácia viva | Estamos rodeados de uma farmácia viva | ||
cultivada ao longo de milênios, conhecida pelos antigos | cultivada ao longo de milênios, conhecida pelos antigos | ||
nesse que é o mais antigo bioma do planeta. | nesse que é o mais antigo bioma do planeta. | ||
Êita cerrado arcaico! | Êita cerrado arcaico! | ||
Eita sertão de dentro – sertão | Eita sertão de dentro – sertão | ||
cantado pelo mestre Rosa | cantado pelo mestre Rosa | ||
Carmo Bernardes e Bernardo Élis | Carmo Bernardes e Bernardo Élis | ||
Cora Coralina e Carlos Brandão | Cora Coralina e Carlos Brandão | ||
Fim da tarde | Fim da tarde | ||
a claridade azulada | a claridade azulada | ||
se espalha sobre o quintal | se espalha sobre o quintal | ||
Hora de abrir o coração, cerrado | Hora de abrir o coração, cerrado | ||
receber as bênçãos que chegam | receber as bênçãos que chegam | ||
com a serenidade deste lugar | com a serenidade deste lugar | ||
Primeira lua cheia do ano. | Primeira lua cheia do ano. | ||
Pintoandrade | {{Comentário}}[[Categoria:Pintoandrade]] |
Edição atual tal como às 08h24min de 10 de março de 2010
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Pela manhã luminosa de janeiro mangas douradas reunir sobre a grama crescida. Antes do banho de bica colher as pitangas maduras lembrando certa tarde em Olinda (quando Gina, minha anfitriã, fez um suco delicioso das rubras pitangas compradas na feira )
Os alma de gato estão de volta revoam e se equilibram graciosos com longas caudas cor de ferrugem entre os muitos verdes do arvoredo. Buscam as lagartas gordas e coloridas que sobem pelo pé de jasmim.
É tempo de fartura de alimentos, flores, frutas, sementes e insetos no papo dos passarim.
Há que se agradecer à chuva toda essa generosidade toda essa beleza e prosperidade que a terra manifesta Há que se agradecer ao tempo o viço dessas plantas que nos enchem os olhos de beleza nos curam e alimentam a alma
Olhar com carinho e conhecer melhor cada árvore desse bosque nativo cada erva, mesmo que pequena e rasteira como a poaia, quebra pedra e abrandamundo pacari, pé de perdiz, sumaré e chapéu de couro
douradinha, congonha, bolsa de pastor e marcelinha saber de seus princípios curativos Estamos rodeados de uma farmácia viva cultivada ao longo de milênios, conhecida pelos antigos nesse que é o mais antigo bioma do planeta.
Êita cerrado arcaico! Eita sertão de dentro – sertão cantado pelo mestre Rosa Carmo Bernardes e Bernardo Élis Cora Coralina e Carlos Brandão
Fim da tarde a claridade azulada se espalha sobre o quintal Hora de abrir o coração, cerrado receber as bênçãos que chegam com a serenidade deste lugar
Primeira lua cheia do ano.