Absinteria: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
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Há lá uma absinteria,
Há lá uma absinteria,
que nunca imaginaria,
que nunca imaginaria,
apensar de ter por aqui
apensar de ter aqui
cachaçarias e choperias.
cachaçarias e choperias.


Linha 15: Linha 15:
a mais bela das ruelas
a mais bela das ruelas
com a bicicleta na porta
com a bicicleta na porta
e a máquina de gelo verde,
e a máquina verde,
que refresca de ver
que refresca
girar o absinto.
de ver girar o absinto.


Há ainda o calor,
Há ainda o calor,
natural de Praga,
natural de Praga,
que acalora sem cansar.
que acalora e não cansa
que abafa e não passa.


O copo é transparente
O copo é transparente
de plástico firme
de plástico firme
e gelo até a metade,
com gelo na metade,
pequenos cubos,
pequenos cubos,
milimetricamente gelados,
milimetricamente gelados.
brigando com o canudo
pelo espaç no copo.


Completa o absinto
Completa o absinto
Linha 39: Linha 38:
e esbarrando nos teatros,
e esbarrando nos teatros,
saboreando a tontura
saboreando a tontura
do absinto gelado.
do absinto em regaço.


Basta fechar os olhos,
Basta fechar os olhos,

Edição atual tal como às 18h59min de 15 de outubro de 2010

Vou lhe contar,
caro amigo,
o caso do absinto
das ruelas de Praga.

Há lá uma absinteria,
que nunca imaginaria,
apensar de ter aqui
cachaçarias e choperias.

Há várias absinterias,
mas vá lá, falo daquela
a mais bela das ruelas
com a bicicleta na porta
e a máquina verde,
que refresca
de ver girar o absinto.

Há ainda o calor,
natural de Praga,
que acalora e não cansa
que abafa e não passa.

O copo é transparente
de plástico firme
com gelo na metade,
pequenos cubos,
milimetricamente gelados.

Completa o absinto
meio doce,
meio amargo,
um suave aniz gelado.

Segue andando pelas ruas
e esbarrando nos teatros,
saboreando a tontura
do absinto em regaço.

Basta fechar os olhos,
agora como faço,
para sentir o absinto
e o andar em descompasso.