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Essa página reúne poemas e textos de Phoenix, sonhadora de Brasília.
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[[Categoria:Poetas de Brasília]]
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{{Comentário}}<poem>
Meninos-trapo
Meninos-lixo
São como farrapos
Com seus andrajos
Carentes
Doentes
Perdidos
Em bando
Procuram o sonho
Na pedra de Crack
Que, misteriosa
De mão em mão, vem
Dividida
Partilhada
Separam-se todos
Somem nas ruas
Tão certos do sonho
Tão crentes na vida
Que vida ?
Que vida !
Meninos-trapo
Meninos-lixo
São como farrapos
Com seus andrajos
São como urubus
Em volta da morte
Não querem ser vistos
E quem os quer ver ?
Sujos
Torpes
Resto do resto
Não vêem além
Meninos-trapo
Meninos-lixo
São como farrapos
Com seus andrajos
Que mundo feio
Que mundo triste
Que mundo vil
Meninos-trapo
Meninos-lixo
São como farrapos
Com seus andrajos
Que vergonha profunda
De ter meus caprichos
De tantos quereres
De tantos melindres
Pedaços de mim
Peço desculpas
Por ser tão inútil
Por ser tão pequena
Meninos-trapo
Meninos-lixo
São como farrapos
Com seus andrajos
Quisera poder
Dar-lhes meu colo
Meu peito
Meu leite
Quisera poder
Trazer-lhes de volta
Afastar os seus medos
Tirar dos seus olhos,
O vazio da dor
Meninos-trapo
Meninos-lixo
São como farrapos
Com seus andrajos
Quisera poder
Lhes dar outra chance.
{{Comentário}}[[Categoria:Phoenix]]

Edição das 09h34min de 11 de novembro de 2010

Essa página reúne poemas e textos de Phoenix, sonhadora de Brasília.

<poem>


Meninos-trapo Meninos-lixo São como farrapos Com seus andrajos

Carentes Doentes Perdidos Em bando

Procuram o sonho Na pedra de Crack Que, misteriosa De mão em mão, vem

Dividida Partilhada Separam-se todos Somem nas ruas

Tão certos do sonho Tão crentes na vida Que vida ? Que vida !

Meninos-trapo Meninos-lixo São como farrapos Com seus andrajos

São como urubus Em volta da morte Não querem ser vistos E quem os quer ver ?

Sujos Torpes Resto do resto Não vêem além

Meninos-trapo Meninos-lixo São como farrapos Com seus andrajos

Que mundo feio Que mundo triste Que mundo vil

Meninos-trapo Meninos-lixo São como farrapos Com seus andrajos

Que vergonha profunda De ter meus caprichos De tantos quereres De tantos melindres

Pedaços de mim Peço desculpas Por ser tão inútil Por ser tão pequena

Meninos-trapo Meninos-lixo São como farrapos Com seus andrajos

Quisera poder Dar-lhes meu colo Meu peito Meu leite

Quisera poder Trazer-lhes de volta Afastar os seus medos Tirar dos seus olhos, O vazio da dor

Meninos-trapo Meninos-lixo São como farrapos Com seus andrajos

Quisera poder Lhes dar outra chance.

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