Balé de Amor: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
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Houve um tempo que seu rosto era iluminado
De seus olhos saiam estrelas
Estrelas que giravam a minha volta
Como em estórias de fadas.
Eu girava na mesma órbita
E me fazia princesa.
Houve um tempo que seu sorriso era largo
De sua boca saiam muito beijos
Que me chegavam como flores.
No meu jardim era sempre primavera
De sua boca saiam, também, canções
Canções de palavras que comungavam
amor, admiração, devoção,
felicidade e satisfação.
Com esta canção eu fiz meu balé
Eu era a primeira bailarina
E bailava com a leveza de quem
Não carrega nenhum fardo.
Era leve... Muito leve...
Quase flutuava.
Hoje seu rosto é pálido
Pálido e frio.
Seus olhos estão cegos.
Sua boca se fechou,
Fechou-se como um cofre.
Em suas veias corre metal.
Ora, seus olhos soltam raios de desprezo.
Ora, refletem nuvens de ironia.
Uma névoa pairou sobre meu jardim
Já não ouço nenhuma canção
Apenas o silêncio do vazio.
Este vazio preenche aquele espaço
Que dantes eu dançava...
Já não sou bailarina
Apenas, bailo ao leo
no vazio.
          '''12/05/2007'''
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Edição atual tal como às 21h19min de 28 de fevereiro de 2011