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De Sexta Poética
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(Criou página com '{{Comentário}} <poem> São zero horas e vinte e nove minutos O sono quer de mim se apossar Mas, há tanto para pensar! Estou com saudades do mato Do mato da comunidade Estou co...')
 
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São zero horas e vinte e nove minutos
O sono quer de mim se apossar
Mas, há tanto para pensar!
Estou com saudades do mato
Do mato da comunidade
Estou com saudades do
Cheiro do mato úmido da noite,
Dos amanheceres silenciosos
Água gelada só nos olhos, sol baixo,
Silêncio preguiçoso de quem levanta
Para trabalhar o dia todo
Mas com prazer da ilusão de que poderá
Mudar a si próprio e até o mundo...
Estou com saudades de sentir-me natureza.
Natureza humana integrada com todas as
Outras formas da natureza
Terra, água, plantas, sol e vento
Do sol escaldante, do trabalho duro ao
Som do Regaee e urros de liberdade.
De não precisar usar sutiã, mas brincos
colares de penas e sementes são bem vindos
Da fila no banheiro, dos pés sujos escovar
Primeiro no tanque
Do banho rápido no final da tarde,
Tarde que descansa do dia que nos
Separa da cidade grande
Tarde com sinfonia de pássaros e maritacas,
Cabelo molhado, cara sem maquiagem,
Touca, agasalhos e cachecol se preparam para
A noite fria, às vezes, tem fogueira e violão
Às vezes filmes. Filmes pouco convencionais...
E, às vezes, repetidos. Palestras?
Nem sempre...
Há sim, sempre a cidadezinha logo ali,
De rua de paralelepipedos e mesas no asfalto
Para o desfrute de quitutes da terra e outros mais
Mas, também, bom demais ficar no
Quarto lendo um bom livro, ou simplesmente,
Olhando para os insetos companheiros de quarto
Ouvindo o silêncio da noite e o
Calar do seu eu que ficou lá na cidade grande
Grande e convencional, cheia de gente e problemas
E de gente cheia de problemas
E de problemas criados por toda gente
Bem dizia Rita Lee: "Se Deus quiser
Um dia eu quero ser índio.
Andar pelado pintado de verde,
Ser um bicho esquisito e plantar semente...
Se Deus quiser, ainda, viro semente, e quando a
Chuva molhar o jardim, vou brotar da terra..."
        ''06.06.2007''
:: Obrigada a Deus, a tudo e todos que proporcionaram-me
:: momentos tão únicos e aprendizados irrefutáveis
:: Áqueles que compartilharam desses bons momentos que já vivi.
:: São momentos mágicos! Quisera poder compartilhar ou delegar
:: estas lembranças aos meus filhos... Quem sabe um dia eles irão
:: pelas suas próprias pernas. Tomara! Porque lembrança agente
:: leva com a gente. Quisera doar...
{{Comentário}}[[Categoria:A Árvore dos Segredos]]

Edição atual tal como às 19h40min de 15 de abril de 2011