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[[Adolescência]]
[[O azar é meu!]]




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Súbito as lembranças me vêm
Todos nós temos orgulho
Devagar aproximo-me delas
do lugar onde nascemos
Mas sai governo e entra ano
meu azar é ser goiano


Visito lugares blocos quadras tardes ensolaradas
Meu, não nasci paulistano
Atrás da pilastra enterrei um bilhete com nosso nome escrito
nem sou carioca mermão
não sei xote forró baião
e nem tomo chimarrão


Meu coração se perdeu com o tempo
Eu não vim lá do Nordeste
se perdeu com o tempo
muito menos vim do Norte
se perdeu com o tempo
Sou daqui eu não sei tango
meu azar é ser candango


e hoje, que susto!, encontrei esse poema esquecido
Quando vou na Esplanada e subo num edifício
no bolso de trás daquela velha calça desbotada
eu vejo que estou na capital
Mas me sinto um estrangeiro
não conheço um conterrâneo
 
Quando eu chego lá em cima
se me abre um céu azul
Dizem que Isso aqui é uma ilha ...
mas eu sou nascido em Brasília
 
Todas as línguas eu falo
e me equilibro muito em mim
Quando chegam as minhas férias
eu não tenho pra onde ir
 
meu azar é ser Brasília,
meu azar é ser candango,
meu azar é ser goiano.
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Edição das 06h00min de 2 de novembro de 2012

Bem vindo!   128px-Globe of letters.svg.png    Hoje é quinta-feira, 21 de novembro.    600px-Wikibrasil.png

POEMA DA SEMANA


O azar é meu!


Todos nós temos orgulho
do lugar onde nascemos
Mas sai governo e entra ano
meu azar é ser goiano

Meu, não nasci paulistano
nem sou carioca mermão
não sei xote forró baião
e nem tomo chimarrão

Eu não vim lá do Nordeste
muito menos vim do Norte
Sou daqui eu não sei tango
meu azar é ser candango

Quando vou na Esplanada e subo num edifício
eu vejo que estou na capital
Mas me sinto um estrangeiro
não conheço um conterrâneo

Quando eu chego lá em cima
se me abre um céu azul
Dizem que Isso aqui é uma ilha ...
mas eu sou nascido em Brasília

Todas as línguas eu falo
e me equilibro muito em mim
Quando chegam as minhas férias
eu não tenho pra onde ir

meu azar é ser Brasília,
meu azar é ser candango,
meu azar é ser goiano.


Nevinho

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