Ilha dos pães: mudanças entre as edições
(Categoria Nevinho) |
Sem resumo de edição |
||
(11 revisões intermediárias por 3 usuários não estão sendo mostradas) | |||
Linha 1: | Linha 1: | ||
{{Comentário}}<poem> | {{Comentário}}<poem> | ||
Quem me dera saber levar um blues, | Quem me dera saber levar um blues, | ||
ter ginga no corpo e doce nos lábios... | ter ginga no corpo e doce nos lábios... | ||
Linha 9: | Linha 10: | ||
com graça você me pedir seis pães, | com graça você me pedir seis pães, | ||
eu te olhar e você sorrir pra mim. | eu te olhar e você sorrir pra mim. | ||
[[Arquivo:Ilha dos pães.JPG|right|450 px]] | |||
Te contar certas coisas que aprendi | Te contar certas coisas que aprendi | ||
na vida buscando pão e beleza, | na vida buscando pão e beleza, | ||
penso estar triste e tento não fingir | |||
só pra dividir com você a tristeza. | só pra dividir com você a tristeza. | ||
Tristeza que na verdade não sinto, | |||
te perder sim seria muito mais triste; | |||
não sei se no fundo minto ou não minto, | |||
amar é a coisa mais linda que existe. | |||
Um poeta nunca faz fingimento: | Um poeta nunca faz fingimento: | ||
Linha 22: | Linha 28: | ||
vive dessa auto-flagelação | vive dessa auto-flagelação | ||
por um verso se expõe ao sofrimento | por um verso se expõe ao sofrimento | ||
e conta seus segredos mais secretos: | |||
sofrer é o meu melhor alimento | sofrer é o meu melhor alimento </poem > | ||
{{Comentário}}[[Categoria: | {{Comentário}}[[Categoria:Livro Poemas sem fim| ]] | ||
[[Categoria:O Livro dos Esquecidos|O Livro dos Esquecidos]] |
Edição atual tal como às 14h10min de 28 de agosto de 2020
Quem me dera saber levar um blues,
ter ginga no corpo e doce nos lábios...
ah se eu pudesse cantar a canção
que eu imagino sair de você.
Quem me dera te atender no balcão
bem cedinho você falar comigo,
com graça você me pedir seis pães,
eu te olhar e você sorrir pra mim.
Te contar certas coisas que aprendi
na vida buscando pão e beleza,
penso estar triste e tento não fingir
só pra dividir com você a tristeza.
Tristeza que na verdade não sinto,
te perder sim seria muito mais triste;
não sei se no fundo minto ou não minto,
amar é a coisa mais linda que existe.
Um poeta nunca faz fingimento:
seu passa-tempo é ficar por um triz,
corta a pópria carne buscando algo
pra saciar sua fome de ser feliz
vive dessa auto-flagelação
por um verso se expõe ao sofrimento
e conta seus segredos mais secretos:
sofrer é o meu melhor alimento