Sexta, 26/05/2006: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
Ir para navegação Ir para pesquisar
m (Para o Chichico foi movido para Desamor próprio: título sugerido pelo amigo Chichico.)
Sem resumo de edição
 
(6 revisões intermediárias por 2 usuários não estão sendo mostradas)
Linha 1: Linha 1:
{{Comentário}}<poem>
{{Comentário}}<poem>
DESAMOR PRÓPRIO
::''(para o meu amigo Chichico)''


A rejeição é ferida funda
A rejeição é ferida funda
Linha 9: Linha 12:
Mas quem rejeita não faz concessões.
Mas quem rejeita não faz concessões.
Essa é a regra, faz parte da dança.
Essa é a regra, faz parte da dança.
Quem rejeita sentiu-se primeiro rejeitado:
Rejeita quem sentiu-se rejeitado,
assim sacia sua sede de vingança.
assim sacia sua sede de vingança.


A rejeição é prima-irmã da ojeriza,
A rejeição é prima-irmã da ojeriza,
Linha 17: Linha 20:
é muito funda, uma dor infinda,
é muito funda, uma dor infinda,
dói, dói ainda.
dói, dói ainda.
 
</poem>
{{Comentário}}[[Categoria:Sexta poética|Para o Chichico]]
{{Comentário}}[[Categoria:Livro Poemas sem fim]]

Edição atual tal como às 17h07min de 19 de novembro de 2021


DESAMOR PRÓPRIO
(para o meu amigo Chichico)

A rejeição é ferida funda
que sujeita o desprezado à mendicância.
Uma mensagem banal, um e-mail de poucas linhas,
qualquer sinal de reconhecimento,
um grão de arroz alimenta a fome do faminto.

Mas quem rejeita não faz concessões.
Essa é a regra, faz parte da dança.
Rejeita quem sentiu-se rejeitado,
assim sacia sua sede de vingança.

A rejeição é prima-irmã da ojeriza,
é ferida funda que dificilmente cicatriza,
mesmo depois de curada dói ainda,
é muito funda, uma dor infinda,
dói, dói ainda.