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Edição atual tal como às 11h51min de 10 de janeiro de 2014
<poem>
Êta que vida salgada Que gosto de nada de vento, de dor
- Êta que vida salgada
- Que vida malvada
- Que vida mais parda
Êta que vida sedenta Que vida sebenta Que a gente só tenta
- Êta que vida nojenta
- Que vida sem beira
- que a gente nu'enfrenta
Êta que vida sem força Que vida, que farsa Que a vidéu mafarsa
- Êta que vida que farsa
- Que vida que falta
- mais vida, mais vida
Êta que vida mais besta Cavalo sem freio Burrin sem cabresto
Êta que vida mais lenta só chove, num venta Que agente aguenta
Êta que vida sem graça que é feito uma vara da ponta mais fina
Êta quevida distante Que olho distante olhar tá lá longe...
Êta que lata de tinta Que lata de vida que tinta não pinta
Êta menino no colo Que vida, que vida te espera na vida?
- Êta o sorriso no rosto
- Maninho no braço
- um filho no sonho
Êta que eu olho essa coisa me lembro do tempo pneu de Rural
Êta bacia chei d'água E cheia de roupa e cheia de planos
- Êta pneu de Rural
- Rodou esse mundo
- buscandotro mundo
Êta parou de rodar Parou de rodar Parou de rodar
- Êta parou de rodar
- Ranjou a mulher
- Parou de rodar
Êta que vei uma filha Depois vei mais cinco e hoje são seis
- Êta que filho tem flor
- também tem raiz
- Parou de rodar
Êta que filho tem filho e o homem tem netos Não quer mais rodar
Êta que o homem tá velho Que u véi tá cum vida Que u véi tá cum flor
- Êta que vida bem boa
- Que vida que vida
- Que vida vivida
Êta que vida bunita Que vida docinha Que mel e que flor
Êta que abeia d'oropa Que bicho mais doido que pica e que morde
- Êta que bicho mais doido
- Que voa e que pica
- picada que arde
Êta que vida pimenta E que malagueta que arde e que queima
Êta que vida nojeira Goiaba cum bicho Um pé de lobeira
- Êta que vida porqueira
Arroz chei de pedra Espim de traira
Que que vida arisca que a gente só cava não fisga e não pega
Êta que vida veiaca que some no pasto só pega é no laço
Êta cavalo correndo Tá solto que lindo É ser livre no vento