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Alguma coisa em sua indiferença | Alguma coisa em sua indiferença | ||
paralisa a gente, me deixa estátua... | paralisa a gente, me deixa estátua... | ||
até mesmo o modo displicente | até mesmo o modo displicente | ||
com que pega e gira a batata, | com que pega e gira a batata, | ||
o movimento repentino de punho | o movimento repentino de punho | ||
parece dizer minha importância nenhuma | parece dizer minha importância nenhuma | ||
Desapareço entre as gôndolas de tomates | Desapareço entre as gôndolas de tomates | ||
cebolas xuxu pimentão e berinjela... | cebolas xuxu pimentão e berinjela... | ||
pouco depois quem some mesmo é ela, | |||
pouco depois quem some mesmo é ela | |||
depois que passa o caixa, | depois que passa o caixa, | ||
embala as compras, enche o carrinho, | embala as compras, enche o carrinho, | ||
ela desce a rampa do mercado... | ela desce a rampa do mercado... | ||
some, o que me faz acreditar | some, o que me faz acreditar | ||
jamais tê-la visto | jamais tê-la visto | ||
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[[Categoria:Livro Poemas sem fim]] | |||
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Edição atual tal como às 12h49min de 26 de agosto de 2018
Alguma coisa em sua indiferença
paralisa a gente, me deixa estátua...
até mesmo o modo displicente
com que pega e gira a batata,
o movimento repentino de punho
parece dizer minha importância nenhuma
Desapareço entre as gôndolas de tomates
cebolas xuxu pimentão e berinjela...
pouco depois quem some mesmo é ela,
depois que passa o caixa,
embala as compras, enche o carrinho,
ela desce a rampa do mercado...
some, o que me faz acreditar
jamais tê-la visto