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<font size=4>'''POEMA DA SEMANA'''</font>
 
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POEMA DA SEMANA
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[[Sexta, 20/02/2009]]
{{:Sexta, 20/02/2009}}
<em>[[Usuário:Nevinho|Nevinho]]</em>


:[[Quando os Ipês Florescem]]
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::::[[:Categoria:A Árvore sem Segredos|Zaida]]
Já publicamos [[Especial:Todas_as_páginas|{{NUMBEROFARTICLES}}]] criações literárias.
<poem>
Sou da Terra
Da terra vermelha que contrasta com o verde
::Verde molhado
::Verde palha, quase ocre
::De um fundo azul tão intenso que nos foge
::Irreal
::É o infinito ... Que daqui está mais perto


Sou da Terra
Da terra vermelha onde o sol se deita, incendeia o horizonte
::Fundo azul, amarelo, vermelho, laranja e lilás
::Tudo se reveste de âmbar
::Meus cabelos douram
::É o sol... lá do horizonte...
::Longe...Mas, daqui está mais perto


Sou da Terra
Este site é uma [[w:Wiki|wiki]]! Isso é, após [[Especial:Autenticar-se|criar uma ou entrar com sua conta]], você poderá editar e criar páginas livremente.
Da terra vermelha do inverno
::De dias quentes e  noites frias
::Ar seco. Seca.
::Folhas pardas que bailam ao vento
::Sol amarelo, vermelho...
::Céu azul, laranja e lilás...
::Verde palha.... ocre....
::Tudo mais é âmbar
::Meus cabelos voam
::Um redemoinho que surge
::É o vento... Vento do leste
::De onde o sol nasce
::Distante...Mas, daqui está mais perto


Sou da Terra
<p style="color:#802060; padding:2em; margin-left:auto; margin-right:auto; font-style:italic; max-width:60em;">
Da terra vermelha, nascida em julho
O [http://br.wikimedia.org/wiki/Sexta_poética Movimento Colaborativo Sexta poética] tem o intuito de ser um vetor capaz de fazer fluir o impulso poético dos indivíduos para a comunidade e da comunidade para os indivíduos. É uma ode à subjetividade, um sítio onde pode-se ler o que outras pessoas escrevem e onde qualquer pessoa pode escrever à vontade.
::De quando outro sol surge
</p>
::Imponente e... simples
::Resignado e resplandecente
::Em meio à terra vermelha
::Junto ao verde palha
::Sob o céu azul
::Horizonte lilás...
::São os Ipês!
::Tronco escuro e retorcido,
::Abre-se em copa amarela...
::Amarelo que ofusca ...
::Hipnotiza... Quando os Ipês florescem
 
Por isso...
Sou da Terra
Da terra vermelha
Do verde molhado, do verde palha... de todas as matizes do verde
Do vermelho, laranja e amarelo
Mas, tem também o roxo, o branco, o rosa e tantas outras mais... muito mais
Suscitam-me mil emoções, a cada estação, a cada mês, a cada dia...
Mas, destas,  falarei depois... Depois do tempo...
É a Terra...
É aqui....
Tempo em que os Ipês florescem...
</poem>
</div>
 
</div>


</div>
</div>
<center><small>Temos [[Especial:Newpages|{{NUMBEROFARTICLES}}]] criações literárias.</small></center>
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<p style="color:#802060"><small> '''O [http://meta.wikimedia.org/wiki/Wikimedia_Brasil/Mutir%C3%B5es/Sexta_po%C3%A9tica Movimento Colaborativo Sexta poética] tem o intuito de ser um vetor capaz de fazer fluir o impulso poético dos indivíduos para a comunidade e da comunidade para os indivíduos. É uma ode à subjetividade, um sítio onde pode-se ler o que outras pessoas escrevem e onde qualquer pessoa pode escrever à vontade.'''</small></p>


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Edição atual tal como às 12h10min de 29 de junho de 2023

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POEMA DA SEMANA

Sexta, 20/02/2009 POEMA DE ONZE FACES


1.

Quando eu nasci

um gerente chamado Norminha

(parecia-se com a personagem antiga do Jô Soares)

disse agora você é mais uma peça

e o Grande Relógio não pode parar.

Menor estagiário, obedecia todas as ordens

e controlava o entra-e-sai de cartas

colocando-as sempre nos escaninhos certos.


2.

Na saída/entrada do Sede Dois

um carro preto de filme americano

me jogou para o alto e eu passei 2 meses na UTI.

Cumpri estágio no inferno mas dEus nos trouxemos de lá.


3.

Quando eu renasci

um anjo torto desses que calçam sapatos brancos

disse volta Névio, que qualquer debilóide faz aquilo.


4.

A máquina engolia cheques

partidas, relatórios, balancetes

e tudo virava microfilme.

Mais tarde, numa sala escura

procurava-se dobras, procurava-se falhas

procurava-se motivos para não dormir.


5.

Hotel Nacional de Brasília, I Encontro Brasileiro TV-Educação

um chefe que não existia era contra abono

Eu que não era muito assíduo

consegui transferência para o DESED.


6.

Filmei jogo de truco em Goiás

vi pegadas de dinossauro em Souza, na Paraíba

empurrei kombi quebrada, andei de canoa no Rio Negro.

Entrevistei criador de bode na beira do São Francisco

visitei usina de álcool numa terra-de-ninguém, que Chico Mendes pensou ser sua

comprei um par de sapatos em Franca.

Andei na locomotiva de São João del Rei

nada apostei no Balneário do Cassino, em Rio Grande

mas me apaixonei em Pomerode.


7.

Quando pensei escrever

com a própria vida meus poemas

fazia verso livre, fazia verso solto, fazia verso e anverso,

outro anjo daqueles que se vestem de branco

mandou-me malas arrumadas às pressas

e lá fui eu fazer equoterapia... psiu, vem cá...

uma casa estranha com janelas altas e vidros não-sei-o-quê.

Vesti camisa-de-malha-apertando, passei dias impregnado

fiz artesanato, pintei com tinta guache, fiquei mansinho-da-silva

e relembrei quais eram os escaninhos certos.


8.

Anoiteceu durante alguns anos

o reajuste zero, o silêncio medonho nos sindicatos

uma ave bicuda pairando no céu


9.

De tanto o vento soprar

as gentes mudaram a direção

e Educador corporativo

cada dia aprendo e ensino um caminho novo para a transgressão


10.

Talvez não devesse lhes dizer

mas as concessões necessárias

as inevitáveis vassalagens

o preconceito embutido no discurso bonito

os fatos consumados

os acidentes de percurso

todas as formas de atropelamento...

tudo isso deixa a gente sem saber

se a raiz quadrada de nove é mesmo três -

e aos poucos corroem o fígado da gente.


11.

Sem aquela capacidade juvenil

que antigamente possuías de te iludires

não podes ir tão longe, senta-te, descansa. Nevinho

Já publicamos 603 criações literárias.


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