Sexta poética: mudanças entre as edições
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Edição das 20h55min de 21 de agosto de 2009
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POEMA DA SEMANA
<poem> Mais uma vez estou morto Olhos abertos para os céus Cinzas, frios, infinitos A chuva cai sobre meu corpo Os sinos tocam silenciosamente Tudo se move, menos eu.
Novamente Um sonho Que não é meu Um sonho Do qual não posso Nunca acordar.
Quem sou eu ? Onde estou eu ? Porque é tão sozinho e escuro Tedioso aqui ? Há um lugar para fugir ?
Eu não pertenço a este lugar
Olho com esforço para as pessoas
Ao redor de mim
Mas não reconheço a ninguém
Vou sair correndo
Preciso fugir daqui
Preciso encontrar
Um lugar onde não me sinta
Sozinho
Abandonado.
E vou continuar correndo.
Quem sou eu Senão uma colcha de retalhos De tantas causas e causações Que não tem nada de mim ?
Tudo parece novo e tão velho Mas nada sou eu Mudo todos os dias E eu permaneço só Dê o seu melhor Dê o seu melhor.

Aquela menina bonita Olha sempre para mim Com grandes olhos e ternos Mesmo quando minhas mãos Se mantêm envelhecidas Na corrida do tempo.
Eu preciso de você Dos seus olhos Dos seus sorrisos Do seu nome que não lembro mais Afinal, nem sei quem és Eu preciso sentir vida.

Na escada apenas olhando As crianças a brincarem A se esquivarem Alegres, fugindo pelos becos Será que alguém Está me esperando em casa ?
Vou correr para lá Mas E se não houver Ninguém ?
Ninguém se lembrará de mim Mesmo se comprar um ramalhete De flores Ninguém vai estar me esperando Com uma refeição Quente.
Será que haverá alguém que Se lembrará de mim Quando eu partir ?