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Edição das 18h30min de 9 de outubro de 2009
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São zero horas e vinte e nove minutos O sono quer de mim se apossar Mas, há tanto para pensar! Estou com saudades do mato Do mato da comunidade Estou com saudades do Cheiro do mato úmido da noite, Dos amanheceres silenciosos Água gelada só nos olhos, sol baixo, Silêncio preguiçoso de quem levanta Para trabalhar o dia todo Mas com prazer da ilusão de que poderá Mudar a si próprio e até o mundo...
Estou com saudades de sentir-me natureza. Natureza humana integrada com todas as Outras formas da natureza Terra, água, plantas, sol e vento Do sol escaldante, do trabalho duro ao Som do Regaee e urros de liberdade. De não precisar usar sutiã, mas brincos colares de penas e sementes são bem vindos Da fila no banheiro, dos pés sujos escovar Primeiro no tanque Do banho rápido no final da tarde, Tarde que descansa do dia que nos Separa da cidade grande
Tarde com sinfonia de pássaros e maritacas, Cabelo molhado, cara sem maquiagem, Touca, agasalhos e cachecol se preparam para A noite fria, às vezes, tem fogueira e violão Às vezes filmes. Filmes pouco convencionais... E, às vezes, repetidos. Palestras? Nem sempre...
Há sim, sempre a cidadezinha logo ali, De rua de paralelepipedos e mesas no asfalto Para o desfrute de quitutes da terra e outros mais Mas, também, bom demais ficar no Quarto lendo um bom livro, ou simplesmente, Olhando para os insetos companheiros de quarto Ouvindo o silêncio da noite e o Calar do seu eu que ficou lá na cidade grande
Grande e convencional, cheia de gente e problemas E de gente cheia de problemas E de problemas criados por toda gente Bem dizia Rita Lee: "Se Deus quiser Um dia eu quero ser índio. Andar pelado pintado de verde, Ser um bicho-preguisa... Se Deus quiser, Um dia eu viro semente E quando a chuva molhar o jardim Ah, eu fico contente E na primavera vou brotar na terra..."
06.06.2007