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Por mais que tente, não desvia dos curiosos | |||
Tristeza, saudade, já nem sei mais | |||
Passos lentos | |||
Esses também | |||
Descrevem, revelam tudo o que sinto | |||
Só você não vê | |||
Só você não vê | |||
Boca seca | |||
Mãos trêmulas | |||
Corpo frouxo | |||
Mãos que nada alcançam | |||
Só você não vê | |||
Só você não vê | |||
Bem que tento | |||
Esquecer o vazio | |||
Esquecer que o tempo (sempre ele) passa | |||
E, passando, sem você, de que vale tudo ? | |||
Nem o amarelo vivo da blusa que visto, me lembra o sol | |||
Me remete à vida | |||
Estou triste | |||
Só você não vê | |||
Só você não vê | |||
Olho para o alto, | |||
Cansei de olhar para os meus pés errantes | |||
Que não me levam a você | |||
Fecho os olhos | |||
Não quero mais abrí-los e não ver quem amo | |||
Enfio no bolso as mãos | |||
Para que servem, se não posso te tocar ? | |||
Só você não vê | |||
Só você não vê | |||
Amo pouco quem me ama muito | |||
Porque não dá para esquecer você | |||
Vivo pouco a vida que tanto me chama | |||
Porque ela sem você é tão sem graça | |||
Fico assim, tartarugando minha dor | |||
Até chegar o próximo encontro. | |||
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Edição das 11h17min de 9 de dezembro de 2010
<poem>
Tartaruga
Uma nuvem cobre meu olhar Meus olhos me denunciam A tristeza por baixo do véu, Por mais que tente, não desvia dos curiosos Tristeza, saudade, já nem sei mais Passos lentos Esses também Descrevem, revelam tudo o que sinto
Só você não vê Só você não vê
Boca seca Mãos trêmulas Corpo frouxo Mãos que nada alcançam
Só você não vê Só você não vê
Bem que tento Esquecer o vazio Esquecer que o tempo (sempre ele) passa E, passando, sem você, de que vale tudo ? Nem o amarelo vivo da blusa que visto, me lembra o sol Me remete à vida Estou triste
Só você não vê Só você não vê
Olho para o alto, Cansei de olhar para os meus pés errantes Que não me levam a você Fecho os olhos Não quero mais abrí-los e não ver quem amo Enfio no bolso as mãos Para que servem, se não posso te tocar ?
Só você não vê Só você não vê
Amo pouco quem me ama muito Porque não dá para esquecer você Vivo pouco a vida que tanto me chama Porque ela sem você é tão sem graça Fico assim, tartarugando minha dor Até chegar o próximo encontro.
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