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(Tartaruga)
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[[Categoria:Poetas de Brasília]]
 
'''Tartaruga'''
 
Uma nuvem cobre meu olhar
Meus olhos me denunciam
A tristeza por baixo do véu,
Por mais que tente, não desvia dos curiosos
Tristeza, saudade, já nem sei mais
Passos lentos
Esses também
Descrevem, revelam tudo o que sinto
 
Só você não vê
Só você não vê
 
Boca seca
Mãos trêmulas
Corpo frouxo
Mãos que nada alcançam
 
Só você não vê
Só você não vê
 
Bem que tento
Esquecer o vazio
Esquecer que o tempo (sempre ele) passa
E, passando, sem você, de que vale tudo ?
Nem o amarelo vivo da blusa que visto, me lembra o sol
Me remete à vida
Estou triste
 
Só você não vê
Só você não vê
 
Olho para o alto,
Cansei de olhar para os meus pés errantes
Que não me levam a você
Fecho os olhos
Não quero mais abrí-los e não ver quem amo
Enfio no bolso as mãos
Para que servem, se não posso te tocar ?
 
Só você não vê
Só você não vê
 
Amo pouco quem me ama muito
Porque não dá para esquecer você
Vivo pouco a vida que tanto me chama
Porque ela sem você é tão sem graça
Fico assim, tartarugando minha dor
Até chegar o próximo encontro.
 
 
 
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[[Categoria:Phoenix]]

Edição das 11h17min de 9 de dezembro de 2010

<poem>

Tartaruga

Uma nuvem cobre meu olhar Meus olhos me denunciam A tristeza por baixo do véu, Por mais que tente, não desvia dos curiosos Tristeza, saudade, já nem sei mais Passos lentos Esses também Descrevem, revelam tudo o que sinto

Só você não vê Só você não vê

Boca seca Mãos trêmulas Corpo frouxo Mãos que nada alcançam

Só você não vê Só você não vê

Bem que tento Esquecer o vazio Esquecer que o tempo (sempre ele) passa E, passando, sem você, de que vale tudo ? Nem o amarelo vivo da blusa que visto, me lembra o sol Me remete à vida Estou triste

Só você não vê Só você não vê

Olho para o alto, Cansei de olhar para os meus pés errantes Que não me levam a você Fecho os olhos Não quero mais abrí-los e não ver quem amo Enfio no bolso as mãos Para que servem, se não posso te tocar ?

Só você não vê Só você não vê

Amo pouco quem me ama muito Porque não dá para esquecer você Vivo pouco a vida que tanto me chama Porque ela sem você é tão sem graça Fico assim, tartarugando minha dor Até chegar o próximo encontro.

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