Não sou flor que se cheire: mudanças entre as edições
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(inspirado por C., germinado tomando café da manhã às 16h, crescido num papel de rascunho ouvindo o álbum Silêncio de Pedro Abrunhosa) |
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Edição das 16h44min de 23 de outubro de 2011
Não sou flor que se cheire
De mais espinhos que pétalas
Me abraças, sangro teus braços
Me beijas, corto teus beiços
Com minhas mãos rasgo teus seios
Com meu varão te parto ao meio
E, da metade de ti, sacio minha angústia
Da ausência de uma parte também tomada
Que ao te ferir, por todo o teu corpo
Os espinhos que deixei... eram metade de mim