Ida às compras: mudanças entre as edições
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Estaciona na vaga ao lado do semáforo reservada a cadeirante, na CLS 111 e atravessa a rua para a 112 sem esperar que o homenzinho verde aparece no mostrador do semáforo, péssimo exemplo. Passa em frente a uma drogaria que na sua última vinda aqui não existia e lembra-se do Aradois 50 mg que toma diariamente, dois comprimidos ao dia. As farmácias atuais são assim, surgem de repente e vendem inclusive remédios, o principal parece ser variedades, ou utilidades, ou secos e molhados, se for pra exagerar. Em tempo: o chacareiro não é cadeirante no sentido literal, foi contemplado com uma artrodese lombar, adquiriu o direito e providenciou a autorização para vagas especiais. Pelo menos isso. Chega à Podologa com 10 minutos de frente mas não pode esperar na saleta de espera, mais um contrassenso destes dias. Enquanto esteve esperando do lado de fora da loja, ao sol ele preferiu, viu a faxineira trocar o capacho da entrada algumas vezes. Não demorou muito chegou sua vez de deixar as marcas do sapato no tapete de entrada. Entrou, foi encaminhado para o box da podóloga, unhas cortadas,assepsia concluída, muito obrigado, daqui um mês estamos de volta. | Estaciona na vaga ao lado do semáforo reservada a cadeirante, na CLS 111 e atravessa a rua para a 112 sem esperar que o homenzinho verde aparece no mostrador do semáforo, péssimo exemplo. Passa em frente a uma drogaria que na sua última vinda aqui não existia e lembra-se do Aradois 50 mg que toma diariamente, dois comprimidos ao dia. As farmácias atuais são assim, surgem de repente e vendem inclusive remédios, o principal parece ser variedades, ou utilidades, ou secos e molhados, se for pra exagerar. Em tempo: o chacareiro não é cadeirante no sentido literal, foi contemplado com uma artrodese lombar, adquiriu o direito e providenciou a autorização para vagas especiais. Pelo menos isso. Chega à Podologa com 10 minutos de frente mas não pode esperar na saleta de espera, mais um contrassenso destes dias. Enquanto esteve esperando do lado de fora da loja, ao sol ele preferiu, viu a faxineira trocar o capacho da entrada algumas vezes. Não demorou muito chegou sua vez de deixar as marcas do sapato no tapete de entrada. Entrou, foi encaminhado para o box da podóloga, unhas cortadas,assepsia concluída, muito obrigado, daqui um mês estamos de volta. | ||
Saindo de lá, subiu a rua, pegou a via W1, por estranho que pareça esse é o nome da via, no sentido rodoviária e desceu pela entrequadra 109/110 até o balão da 409/410. Ali pega pra esquerda e vai até entrequadra 408/409 pela via L1 (novamente não estranhem) para chegar à L2. Equivalente ao sentido rodoviária vai-se no sentido Esplanada até a 406/407, sul, dispensável dizer, onde | Saindo de lá, subiu a rua, pegou a via W1, por estranho que pareça esse é o nome da via, no sentido rodoviária e desceu pela entrequadra 109/110 até o balão da 409/410. Ali pega pra esquerda e vai até entrequadra 408/409 pela via L1 (novamente não estranhem) para chegar à L2. Equivalente ao sentido rodoviária vai-se no sentido Esplanada até a 406/407, sul, dispensável dizer, onde passou num supermercado e pegou para levar para sua filha na SQS 208 filé de truta e alho poró. Pegou é maneira esnobe pra dizer comprou. Subiu até o balão, em frente aonde nesse dia, uma quarta-feira, tem uma ferina. Pensou em levar também castanhas do Pará e de caju mas não, é muito, se a filha quiser fazer a receita completa, que venha e compre, tenha ao menos esse trabalho. No balão pegou para esquerda de novo a via L1, sentido final da asa, e chegou onde queria. Filé de trutas como castanhas e alho poró era um nome bonito de uma receita saborosa, Um agrado pra sua filha, mas ao Chacareiro o mais importante era uns aparadores de mesa trazidos de Carcassone, sul da França, deixados na 208 Sul e que estão fazendo falta na chácara. | ||
Na volta para a chácara foi a outro supermercado, é meio dia, disfarçou a fome com umas bananas e por isso julgou oportuna a hora, de pouco movimento, é safo, como já se usou dizer. Sempre que para na vaga a mesma sempre, o mesmo vendedor de sacos para lixo repete numa mesma voz cantada, tentando imitar uma lembrança que a mente tenha, “saco pra lixo”. Não quer hoje, o gesto com polegar positivo e o sorriso meio acanhado meio simpático encerra a negociação. Um funcionário do estabelecimento põe ordemM nos carrinhos de compra desocupados que os fregueses, assim como ele mesmo vai fazer daqui duas horas, depois de colocar as compras no porta-malas do automóvel, deixa o carrinho de qualquer jeito, já me serviu não serve mais, adeus. Ele pega um e entra na loja. Outro funcionário, o chachá informa seu nome, Roberto, colocado à porta mede a temperatura dos entrantes, 35 e meio, pode entrar. Se o mostrador digital da pistolinha de plástico usada acusasse 39 graus, o Roberto impediria a entrada? O que ele faria. O chacareiro vai perguntar ao Roberto, na semana que vem. | Na volta para a chácara foi a outro supermercado, é meio dia, disfarçou a fome com umas bananas e por isso julgou oportuna a hora, de pouco movimento, é safo, como já se usou dizer. Sempre que para na vaga a mesma sempre, o mesmo vendedor de sacos para lixo repete numa mesma voz cantada, tentando imitar uma lembrança que a mente tenha, “saco pra lixo”. Não quer hoje, o gesto com polegar positivo e o sorriso meio acanhado meio simpático encerra a negociação. Um funcionário do estabelecimento põe ordemM nos carrinhos de compra desocupados que os fregueses, assim como ele mesmo vai fazer daqui duas horas, depois de colocar as compras no porta-malas do automóvel, deixa o carrinho de qualquer jeito, já me serviu não serve mais, adeus. Ele pega um e entra na loja. Outro funcionário, o chachá informa seu nome, Roberto, colocado à porta mede a temperatura dos entrantes, 35 e meio, pode entrar. Se o mostrador digital da pistolinha de plástico usada acusasse 39 graus, o Roberto impediria a entrada? O que ele faria. O chacareiro vai perguntar ao Roberto, na semana que vem. |
Edição das 20h28min de 2 de setembro de 2020
O chacareiro uma vez por mês vai ao podólogo. Podóloga, que cuidar de pés não é profissão proibida aos homens, mas não há registro de algum que tenha quebrado a interdição tácita. Estaciona na vaga ao lado do semáforo reservada a cadeirante, na CLS 111 e atravessa a rua para a 112 sem esperar que o homenzinho verde aparece no mostrador do semáforo, péssimo exemplo. Passa em frente a uma drogaria que na sua última vinda aqui não existia e lembra-se do Aradois 50 mg que toma diariamente, dois comprimidos ao dia. As farmácias atuais são assim, surgem de repente e vendem inclusive remédios, o principal parece ser variedades, ou utilidades, ou secos e molhados, se for pra exagerar. Em tempo: o chacareiro não é cadeirante no sentido literal, foi contemplado com uma artrodese lombar, adquiriu o direito e providenciou a autorização para vagas especiais. Pelo menos isso. Chega à Podologa com 10 minutos de frente mas não pode esperar na saleta de espera, mais um contrassenso destes dias. Enquanto esteve esperando do lado de fora da loja, ao sol ele preferiu, viu a faxineira trocar o capacho da entrada algumas vezes. Não demorou muito chegou sua vez de deixar as marcas do sapato no tapete de entrada. Entrou, foi encaminhado para o box da podóloga, unhas cortadas,assepsia concluída, muito obrigado, daqui um mês estamos de volta.
Saindo de lá, subiu a rua, pegou a via W1, por estranho que pareça esse é o nome da via, no sentido rodoviária e desceu pela entrequadra 109/110 até o balão da 409/410. Ali pega pra esquerda e vai até entrequadra 408/409 pela via L1 (novamente não estranhem) para chegar à L2. Equivalente ao sentido rodoviária vai-se no sentido Esplanada até a 406/407, sul, dispensável dizer, onde passou num supermercado e pegou para levar para sua filha na SQS 208 filé de truta e alho poró. Pegou é maneira esnobe pra dizer comprou. Subiu até o balão, em frente aonde nesse dia, uma quarta-feira, tem uma ferina. Pensou em levar também castanhas do Pará e de caju mas não, é muito, se a filha quiser fazer a receita completa, que venha e compre, tenha ao menos esse trabalho. No balão pegou para esquerda de novo a via L1, sentido final da asa, e chegou onde queria. Filé de trutas como castanhas e alho poró era um nome bonito de uma receita saborosa, Um agrado pra sua filha, mas ao Chacareiro o mais importante era uns aparadores de mesa trazidos de Carcassone, sul da França, deixados na 208 Sul e que estão fazendo falta na chácara. Na volta para a chácara foi a outro supermercado, é meio dia, disfarçou a fome com umas bananas e por isso julgou oportuna a hora, de pouco movimento, é safo, como já se usou dizer. Sempre que para na vaga a mesma sempre, o mesmo vendedor de sacos para lixo repete numa mesma voz cantada, tentando imitar uma lembrança que a mente tenha, “saco pra lixo”. Não quer hoje, o gesto com polegar positivo e o sorriso meio acanhado meio simpático encerra a negociação. Um funcionário do estabelecimento põe ordemM nos carrinhos de compra desocupados que os fregueses, assim como ele mesmo vai fazer daqui duas horas, depois de colocar as compras no porta-malas do automóvel, deixa o carrinho de qualquer jeito, já me serviu não serve mais, adeus. Ele pega um e entra na loja. Outro funcionário, o chachá informa seu nome, Roberto, colocado à porta mede a temperatura dos entrantes, 35 e meio, pode entrar. Se o mostrador digital da pistolinha de plástico usada acusasse 39 graus, o Roberto impediria a entrada? O que ele faria. O chacareiro vai perguntar ao Roberto, na semana que vem.