Viageiro: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
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Edição das 11h49min de 28 de junho de 2009

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Êta que vida salgada Que gosto de nada de vento, de dor

Êta que vida salgada
Que vida malvada
Que vida mais parda

Êta que vida sedenta Que vida sebenta Que a gente só tenta

Êta que vida nojenta
Que vida sem beira
que a gente nu'enfrenta

Êta que vida sem força Que vida, que farsa Que a vidéu mafarsa

Êta que vida que farsa
Que vida que falta
mais vida, mais vida

Êta que vida mais besta Cavalo sem freio Burrin sem cabresto

Êta que vida mais lenta só chove, num venta Que agente aguenta

Êta que vida sem graça que é feito uma vara da ponta mais fina

Êta quevida distante Que olho distante olhar tá lá longe...

Êta que lata de tinta Que lata de vida que tinta não pinta

Êta menino no colo Que vida, que vida te espera na vida?

Êta o sorriso no rosto
Maninho no braço
um filho no sonho

Êta que eu olho essa coisa me lembro do tempo pneu de Rural

Êta bacia chei d'água E cheia de roupa e cheia de planos

Êta pneu de Rural
Rodou esse mundo
buscandotro mundo

Êta parou de rodar Parou de rodar Parou de rodar

Êta parou de rodar
Ranjou a mulher
Parou de rodar

Êta que vei uma filha Depois vei mais cinco e hoje são seis

Êta que filho tem flor
também tem raiz
Parou de rodar

Êta que filho tem filho e o homem tem netos Não quer mais rodar

Êta que o homem tá velho Que u véi tá cum vida Que u véi tá cum flor

Êta que vida bem boa
Que vida que vida
Que vida vivida

Êta que vida bunita Que vida docinha Que mel e que flor

Êta que abeia d'oropa Que bicho mais doido que pica e que morde

Êta que bicho mais doido
Que voa e que pica
picada que arde

Êta que vida pimenta E que malagueta que arde e que queima

Êta que vida nojeira Goiaba cum bicho Um pé de lobeira

Êta que vida porqueira

Arroz chei de pedra Espim de traira

Que que vida arisca que a gente só cava não fisga e não pega

Êta que vida veiaca que some no pasto só pega é no laço