Sexta poética: mudanças entre as edições
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Atenção tripulação, decolagem autorizada... | |||
Ah, aquela comissária russa! O tempo parou... | |||
Houve como que uma reviravolta na aeronave <sup>_</sup> ela se chamava Karina Leão | |||
e compartilhava com a colega de trabalho | |||
mazelas de cabine, naquele silencioso idioma | |||
dos que enfrentam o mesmo chefe. | |||
O passageiro da fila seguinte, do outro lado do corredor | |||
com uma pedra de rubi no anelar direito que simbolizava um noivado enigmático, | |||
perspegava sequencias de golpes com a cabeça, | |||
fazia com o braço esquerdo o braço de um suposto violão | |||
e evoluia para os trastes mais agudos simulando um sintetizador, | |||
desempenhando um didelhado criativo e eficiente... | |||
Atenção senhores e senhoras, bem vindos a bordo do vôo... | |||
E o passageiro continuava, olhos fechados, criando coreografias | |||
com movimentos de cabeça, o queixo uma espada imaginária | |||
senhos franzidos | |||
beiços mordidos | |||
biquinhos com lábios, estalar de língua nos dentes... | |||
Quem vos fala é o comandante para algumas informações sobre o nosso vôo... | |||
De repente, ele se virou para o lado | |||
com uma expressão de quem tira satisfação com alguém. | |||
E como quem superficializou de regiões abissais da alma, | |||
olhou pela janela e percebeu que estava a 9000 pés de altitude, | |||
dentro de um avião rumo à capital do País. | |||
Retirou seus auriculares | |||
e não entendeu porque o passageiro sentado ao lado | |||
dormia com a revista de bordo no colo, aberta de cabeça pra baixo. | |||
O avião fez novo looping, o jovem guardou seu Ipod | |||
e voltou do mundo paralelo criado por seus fones de ouvido... | |||
Atenção tripulação, pouso autorizado | |||
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Edição das 06h23min de 16 de outubro de 2009
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POEMA DA SEMANA
Atenção tripulação, decolagem autorizada...
Ah, aquela comissária russa! O tempo parou...
Houve como que uma reviravolta na aeronave _ ela se chamava Karina Leão
e compartilhava com a colega de trabalho
mazelas de cabine, naquele silencioso idioma
dos que enfrentam o mesmo chefe.
O passageiro da fila seguinte, do outro lado do corredor
com uma pedra de rubi no anelar direito que simbolizava um noivado enigmático,
perspegava sequencias de golpes com a cabeça,
fazia com o braço esquerdo o braço de um suposto violão
e evoluia para os trastes mais agudos simulando um sintetizador,
desempenhando um didelhado criativo e eficiente...
Atenção senhores e senhoras, bem vindos a bordo do vôo...
E o passageiro continuava, olhos fechados, criando coreografias
com movimentos de cabeça, o queixo uma espada imaginária
senhos franzidos
beiços mordidos
biquinhos com lábios, estalar de língua nos dentes...
Quem vos fala é o comandante para algumas informações sobre o nosso vôo...
De repente, ele se virou para o lado
com uma expressão de quem tira satisfação com alguém.
E como quem superficializou de regiões abissais da alma,
olhou pela janela e percebeu que estava a 9000 pés de altitude,
dentro de um avião rumo à capital do País.
Retirou seus auriculares
e não entendeu porque o passageiro sentado ao lado
dormia com a revista de bordo no colo, aberta de cabeça pra baixo.
O avião fez novo looping, o jovem guardou seu Ipod
e voltou do mundo paralelo criado por seus fones de ouvido...
Atenção tripulação, pouso autorizado
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