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(atualizando Poema da semana com Mergulhando no azul profundo)
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Contigo aprendi
Máquinas nascidas dos sonhos
a me procurar me procurar me procurar
Em um mundo limpo e vazio
me procurar nas paisagens do meu país
Comandos e bits trafegando
nas paisagens cenas
Apenas ordens, sem nenhum sentido.
de rua camelôs pastéis engordurados churrasquinho de gato
 
fome sob os viadutos nas passagens subterrâneas
Não há veias apenas circuitos
da Asa Norte na ponte do Bragueto nas margens do Lago Paranoá
Não há pensamentos, nem emoção
no jogo de dominó canastrão sinuca porrinha e  bilhar
Apenas dados, não há descompasso
me procurar na vida, nesta vivida
Em ordem bate o coração.
atrás do dia, em busca de alguma coisa
 
e contigo aprendi
Olhos fixos em um futuro
a ter um encontro marcado comigo
Programado
chegar em casa me procurar me deparar
Não há conflitos internos
com a minha solidão escancarada nos teus olhos,
Não há defeitos
talvez pendurada no varal de roupas lavadas talvez
Apenas processamento
misturada com sal e feijão
Perfeito
talvez escorrendo pelas paredes
 
como uma gosma que não se sabe bem o que é.
...
Talvez eu tenha desaprendido o que nunca soubera, talvez
Solidão
Contigo aprendi certos segredos que sem ti jamais se desvelariam,
...
aprendi que o destino tem asas mas depende de mim
 
fazê-lo voar depende de mim fazê-lo parar depende de nós.
Tudo tão exato, tão lógico
Aprendi que tudo é talvez
 
e nem tudo tem o momento certo de acabar
...
o anel que tu me deste era vidro e se quebrou
Tão Imortal
o amor que tu me tinhas atirei o pau no gato
...
mas o gato não morreu; então, finalmente,
 
pela estrada afora eu fui bem sozinho
Haverá entre estes fios e conexões
ia comigo alguém maior lembrando a imagem de um deus
Ainda um coração que pulse
Vida ?
Algo humano ?
Ou devo esperar que, por fim
Um bug do sistema
Enfim
Me salve ?
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Edição das 15h04min de 19 de fevereiro de 2010

Bem vindo!   128px-Globe of letters.svg.png    Hoje é quarta-feira, 27 de novembro.    600px-Wikibrasil.png

POEMA DA SEMANA

Mergulhando no Azul Profundo
Ozymandias

 
Máquinas nascidas dos sonhos
Em um mundo limpo e vazio
Comandos e bits trafegando
Apenas ordens, sem nenhum sentido.

Não há veias apenas circuitos
Não há pensamentos, nem emoção
Apenas dados, não há descompasso
Em ordem bate o coração.

Olhos fixos em um futuro
Programado
Não há conflitos internos
Não há defeitos
Apenas processamento
Perfeito

...
Solidão
...

Tudo tão exato, tão lógico

...
Tão Imortal
...

Haverá entre estes fios e conexões
Ainda um coração que pulse
Vida ?
Algo humano ?
Ou devo esperar que, por fim
Um bug do sistema
Enfim
Me salve ?

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