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:[[Verão]]
:[[Habitat]]
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::::[[:Categoria:Poemas abertos|Zaida e Nevinho]]
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Eia vento
Me refugio ou me escondo?
Faz-se encanto
Não sei, pois de mim
Faz-me tonta
não consigo me esconder
Canta o mar
e nem mesmo de ti
Eia sal
que a mim me tens habitado
Salga os olhos
intensa e continuamente
De langor e espanto
 
Sulga o manto
Saio em busca de outra fonte
Das nopturnas luas
outro habitante
Faz-me nua
outro instante
Eia asas
 
Do mistério, da magia
Eis que em mim alguém vem beber
Faz do amor o guia
Consagro-me em fonte e habitat
Faz folia
e na fome e sede alheias
Faz voar
de mim seu copo quase esvazia
Eia ar
 
Pra que a vida perca
No turbilhão de permutas e antagonias
O aprumo
Quase vazia, quase cheia
Ganhe a meta
descubro-me na sublime constância
De envolver-se vã
de ser sem possuir
No vão delírio
ter e não ser
Na delícia
De ser vaga
Incorreta.
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Edição das 06h29min de 25 de junho de 2010

Bem vindo!   128px-Globe of letters.svg.png    Hoje é segunda-feira, 25 de novembro.    600px-Wikibrasil.png

POEMA DA SEMANA

Habitat
Zaida e Nevinho

Me refugio ou me escondo?
Não sei, pois de mim
não consigo me esconder
e nem mesmo de ti
que a mim me tens habitado
intensa e continuamente

Saio em busca de outra fonte
outro habitante
outro instante

Eis que em mim alguém vem beber
Consagro-me em fonte e habitat
e na fome e sede alheias
de mim seu copo quase esvazia

No turbilhão de permutas e antagonias
Quase vazia, quase cheia
descubro-me na sublime constância
de ser sem possuir
ter e não ser

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