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Me refugio ou me escondo? | |||
Não sei, pois de mim | |||
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e nem mesmo de ti | |||
que a mim me tens habitado | |||
intensa e continuamente | |||
Saio em busca de outra fonte | |||
outro habitante | |||
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Eis que em mim alguém vem beber | |||
Consagro-me em fonte e habitat | |||
e na fome e sede alheias | |||
de mim seu copo quase esvazia | |||
No turbilhão de permutas e antagonias | |||
Quase vazia, quase cheia | |||
descubro-me na sublime constância | |||
de ser sem possuir | |||
ter e não ser | |||
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Edição das 06h29min de 25 de junho de 2010
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POEMA DA SEMANA
Me refugio ou me escondo?
Não sei, pois de mim
não consigo me esconder
e nem mesmo de ti
que a mim me tens habitado
intensa e continuamente
Saio em busca de outra fonte
outro habitante
outro instante
Eis que em mim alguém vem beber
Consagro-me em fonte e habitat
e na fome e sede alheias
de mim seu copo quase esvazia
No turbilhão de permutas e antagonias
Quase vazia, quase cheia
descubro-me na sublime constância
de ser sem possuir
ter e não ser
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