Poetisa, te conto: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
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(Tartaruga)
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(para Zaida)
Tartaruga
8/12/2010
Uma nuvem cobre meu olhar
Meus olhos me denunciam
A tristeza por baixo do véu,
Por mais que tente, não desvia dos curiosos
Tristeza, saudade, já nem sei mais
Passos lentos
Esses também
Descrevem, revelam tudo o que sinto


Ah, poetisa
Só você não vê
Já estava eu de saída quando vi suas palavras
Só você não vê
Tão cheias de cor…
e dei-me conta que posso mais um lapso ficar
para beber novas poesias
encher minh’alma de calor


Leões ? Não, deles não tinha medo
Boca seca
Não que seja uma brava
Mãos trêmulas
Antes uma viajante, que, na floresta
Corpo frouxo
Só vê flores e cheira odores
Mãos que nada alcançam


Tenho medo, sim
Só você não vê
Mas de uma fera
Só você não vê
Que dentro de mim habita
Que me arranha e me suga


Emaranhada em tantos fios
Bem que tento
Dela não consigo me soltar
Esquecer o vazio
Não a conheço
Esquecer que o tempo (sempre ele) passa
Nem mesmo a mim
E, passando, sem você, de que vale tudo ?
Nem o amarelo vivo da blusa que visto, me lembra o sol
Me remete à vida
Estou triste


Às vezes me engana
Só você não vê
É bela
Só você não vê
É doce
 
É quente
Olho para o alto,
Me convida
Cansei de olhar para os meus pés errantes
Que não me levam a você
Fecho os olhos
Não quero mais abrí-los e não ver quem amo
Enfio no bolso as mãos
Para que servem, se não posso te tocar ?
 
Só você não vê
Só você não vê
 
Amo pouco quem me ama muito
Porque não dá para esquecer você
Vivo pouco a vida que tanto me chama
Porque ela sem você é tão sem graça
Fico assim, tartarugando minha dor
Até chegar o próximo encontro.


Mas tem noite em que ela me assusta
Me arrasa
Me faz tremer
Se vinga de mim
Quer me parir


Dela fujo
Por ela choro
Mas sempre que diz que me deixa
E me beija
Fico com medo do silêncio
Do vazio
E com ela, fico.


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[[Categoria:Phoenix]]
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Edição das 11h20min de 9 de dezembro de 2010

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Tartaruga 8/12/2010 Uma nuvem cobre meu olhar Meus olhos me denunciam A tristeza por baixo do véu, Por mais que tente, não desvia dos curiosos Tristeza, saudade, já nem sei mais Passos lentos Esses também Descrevem, revelam tudo o que sinto

Só você não vê Só você não vê

Boca seca Mãos trêmulas Corpo frouxo Mãos que nada alcançam

Só você não vê Só você não vê

Bem que tento Esquecer o vazio Esquecer que o tempo (sempre ele) passa E, passando, sem você, de que vale tudo ? Nem o amarelo vivo da blusa que visto, me lembra o sol Me remete à vida Estou triste

Só você não vê Só você não vê

Olho para o alto, Cansei de olhar para os meus pés errantes Que não me levam a você Fecho os olhos Não quero mais abrí-los e não ver quem amo Enfio no bolso as mãos Para que servem, se não posso te tocar ?

Só você não vê Só você não vê

Amo pouco quem me ama muito Porque não dá para esquecer você Vivo pouco a vida que tanto me chama Porque ela sem você é tão sem graça Fico assim, tartarugando minha dor Até chegar o próximo encontro.