Sexta poética: mudanças entre as edições

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:[[Águas profundas]]
:[[À margem do rio]]
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[[Arquivo:POEMA1.JPG|310 px|rght|thumb|''Arte: '''Lui / 2003''''']]
Contigo aprendi
Não quero te falar das coisas que passaram
que a margem de lá é como a margem daqui
e que não são mais;
contigo aprendi que o rio é profundo
quero te contar tudo o que eu sinto
tão grande é o mundo
e a dor de não poder completar jamais
impossível sentir vontade de andar numa margem apenas
o que foi salvo como coisa incompleta,
impossível ficar sem querer me afogar
aquilo que não foi bem colocado,
nas águas o amor contigo aprendi a arte
o que ficou contido em silêncio pendente <sup>_</sup>
de deixar a corredeira empurrar seja lá pra onde for...
e que vai sempre nos fazer lembrar
 
os bichos humanos que somos,
Mas o mais interessante nisso é que aprendi a lição   
lutando por algo indefinido que não sabemos bem o que é,
(não conter o coração) sem que houvesse professor.                                                             
querendo permanecer vivos envolvidos podendo partilhar
Foste e não eras, querida.                                                                                                       
os descaminhos do mundo e planeta,
Estiveste e não estavas.
e com isso ferindo o semelhante
Exististe?
por ter apenas uma pálida noção da semelhança,
 
daquilo que é igual em mim e em você
Em todo caso, eu aprendi contigo que a doçura do olhar
e em qualquer um.
está  mais na vontade de ver do que no próprio enxergar
mais na vontade de ser mais que mais um                                                   
Explicando melhor é e não é
ser um rosto qualquer é não esconder no armário este lado menino não trancar na gaveta
o outro lado do rio que é,
como já disse, igual a este daqui                                                                                   
mas é uma questão de opção
simplesmente outra opção.


Quero te falar deste poema sem fim.
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Edição das 17h43min de 9 de dezembro de 2011

Bem vindo!   128px-Globe of letters.svg.png    Hoje é domingo, 24 de novembro.    600px-Wikibrasil.png

POEMA DA SEMANA

À margem do rio


Contigo aprendi
que a margem de lá é como a margem daqui
contigo aprendi que o rio é profundo
tão grande é o mundo
impossível sentir vontade de andar numa margem apenas
impossível ficar sem querer me afogar
nas águas o amor contigo aprendi a arte
de deixar a corredeira empurrar seja lá pra onde for...

Mas o mais interessante nisso é que aprendi a lição
(não conter o coração) sem que houvesse professor.
Foste e não eras, querida.
Estiveste e não estavas.
Exististe?

Em todo caso, eu aprendi contigo que a doçura do olhar
está mais na vontade de ver do que no próprio enxergar
mais na vontade de ser mais que mais um
Explicando melhor é e não é
ser um rosto qualquer é não esconder no armário este lado menino não trancar na gaveta
o outro lado do rio que é,
como já disse, igual a este daqui
mas é uma questão de opção
simplesmente outra opção.

Nevinho

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