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[[Perfil]]
[[A poesia não tem mandamentos]]




<poem>
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Duvido da vida.
Só porque se põem ao alcance,
Duvido de mim.
o lápis e o papel recebem a glória toda
Duvido desse beijo que essas bocas têm.
mas são apenas instrumento e  suporte
Duvido do amor engravatado, penteado, 3x4
(sem tábuas não haveria Moisés,
que esses corações têm.
sem homens Deus não há).


Duvido do futuro de profeta
Anterior ao que já se passou
que aquele homem daquela batina diz.
e após ao que ainda está por vir,
 
sob os subterrâneos mais fundos
Duvido dos anjos, duvido dos santos,
e nos cimos de toda águia
até de Deus eu duvido,
seguem nos tangendo
até das minhas dúvidas eu duvido.
imateriais
 
todas as palavras que existem.</poem>
E sigo,
não paro,
sei lá pra quê, sei lá por que, sei lá pra onde.
 
Sigo, não paro.</poem>





Edição das 19h00min de 28 de junho de 2012

Bem vindo!   128px-Globe of letters.svg.png    Hoje é sábado, 23 de novembro.    600px-Wikibrasil.png

POEMA DA SEMANA


A poesia não tem mandamentos


Só porque se põem ao alcance,
o lápis e o papel recebem a glória toda
mas são apenas instrumento e suporte
(sem tábuas não haveria Moisés,
sem homens Deus não há).

Anterior ao que já se passou
e após ao que ainda está por vir,
sob os subterrâneos mais fundos
e nos cimos de toda águia
seguem nos tangendo
imateriais
todas as palavras que existem.


Nevinho

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