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[[Não e sim]]
[[Cibercultura]]


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Contigo aprendi                                    
A tela me consome
que um não é um não, o advérbio de negação
em protocolos distribuídos:
não é a possibilidade do sim.
horizontais, abertos, difusos.
Mas um não é também um sim,
apenas que em sentido contrário.
E é preciso, contigo aprendi,
dizer não porque é preciso também dizer sim.
Dizer não às coisas que nos prejudicam
Não aos desvios do nosso caminho
Não às viagens que tenham destino fora de nós mesmos
Não aos dramas existenciais concêntricos (como uma sonda cavando petróleo
sem jamais achar)
Não a toda forma de conhecimento <sup>_</sup> como diria Brecht  <sup>_</sup>
que não procura tornar o preço do pão mais barato.
É preciso dizer não, hoje mais do que ontem, à falta de amor,
porque hoje há menos amor que ontem.
Por isso tudo, eu digo Não.


Mas é preciso também dizer sim, porque é preciso, contigo aprendi, dizer sim à vida,
Suga a imundice
a vivida,
que povoa a minha mente:
essinha que temos e que um dia por um câncer nos ossos
adubada com esterco digital.
ou um acidente de moto
 
pode não existir mais
Toda organizada
em planícies de silício:
verticais, fechadas, conexas.
 
Podres fantasias
tornam belas mercadorias:
armazenadas, processadas, geridas.
 
Na cibercultura
asas batem em progresso:
atualizando erros do passado.


<sup>_</sup> Eu digo sim!
<sup>_</sup> Eu digo sim!
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[[:Categoria:Nevinho|Nevinho]]
[[:Categoria:Pietro Roveri|Pietro Roveri]]


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Edição das 11h00min de 10 de fevereiro de 2017

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Cibercultura

A tela me consome
em protocolos distribuídos:
horizontais, abertos, difusos.

Suga a imundice
que povoa a minha mente:
adubada com esterco digital.

Toda organizada
em planícies de silício:
verticais, fechadas, conexas.

Podres fantasias
tornam belas mercadorias:
armazenadas, processadas, geridas.

Na cibercultura
asas batem em progresso:
atualizando erros do passado.

Pietro Roveri

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