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Edição das 22h38min de 25 de maio de 2009
<poem>
Com provável intenção de igualar-me
a um tóten da cultura nacional
esqueço de minhas próprias mazelas
(que no início eram razão de tudo).
Falo tudo, as palavras me são úteis e pra esconder o que em mim menos gosto vou cavando temas, criando metáforas eu troco o sujeito e mudo os pronomes
Se me é tão fácil assim versejar mistério profundo há serem capazes certas palavras trazerem à tona o que jazia em ti também guardado.
O que na solidão dessa leitura te faz relembrar de algo já esquecido uma ilusão de infância ou um segredo que passou mocidade e juventude.
E eis que em frente ao micro se encontra adulto que olhando pra dentro de si se vê _ o mais corriqueiro torna-se espanto: afinal quem lê e lembra é você!