Absinteria

De Sexta Poética
Revisão de 18h54min de 15 de outubro de 2010 por Pietro Roveri (discussão | contribs)
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Vou lhe contar,
caro amigo,
o caso do absinto
das ruelas de Praga.

Há lá uma absinteria,
que nunca imaginaria,
apensar de ter por aqui
cachaçarias e choperias.

Há várias absinterias,
mas vá lá, falo daquela
a mais bela das ruelas
com a bicicleta na porta
e a máquina de gelo verde,
que refresca de ver
girar o absinto.

Há ainda o calor,
natural de Praga,
que acalora sem cansar.

O copo é transparente
de plástico firme
e gelo até a metade,
pequenos cubos,
milimetricamente gelados,
brigando com o canudo
pelo espaç no copo.

Completa o absinto
meio doce,
meio amargo,
um suave aniz gelado.

Segue andando pelas ruas
e esbarrando nos teatros,
saboreando a tontura
do absinto gelado.

Basta fechar os olhos,
agora como faço,
para sentir o absinto
e o andar em descompasso.