Poetisa, te conto

De Sexta Poética
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Tartaruga 8/12/2010 Uma nuvem cobre meu olhar Meus olhos me denunciam A tristeza por baixo do véu, Por mais que tente, não desvia dos curiosos Tristeza, saudade, já nem sei mais Passos lentos Esses também Descrevem, revelam tudo o que sinto

Só você não vê Só você não vê

Boca seca Mãos trêmulas Corpo frouxo Mãos que nada alcançam

Só você não vê Só você não vê

Bem que tento Esquecer o vazio Esquecer que o tempo (sempre ele) passa E, passando, sem você, de que vale tudo ? Nem o amarelo vivo da blusa que visto, me lembra o sol Me remete à vida Estou triste

Só você não vê Só você não vê

Olho para o alto, Cansei de olhar para os meus pés errantes Que não me levam a você Fecho os olhos Não quero mais abrí-los e não ver quem amo Enfio no bolso as mãos Para que servem, se não posso te tocar ?

Só você não vê Só você não vê

Amo pouco quem me ama muito Porque não dá para esquecer você Vivo pouco a vida que tanto me chama Porque ela sem você é tão sem graça Fico assim, tartarugando minha dor Até chegar o próximo encontro.