Vida que segue
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Um avião passou por aqui no rumo do aeroporto.
Mas o galo permanece aqui perto
num quintal do Capão da Onça
insistentemente
abrindo o dia.
Como sei disso, ainda deitado na cama,
imerso em pranayama?
Como o rastro branco cruzando o céu de norte a sul,
naquele vinte e cinco de maio de dois mil e três,
e como a caligrafia do galo que escreveu as primeiras linhas daquele outro dia
perdido no tempo,
hoje vieram índices de que a vida corre solta
desabalada para lugar algum.