Viageiro
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<poem>
Êta que vida salgada Que gosto de nada de vento, de dor
- Êta que vida salgada
- Que vida malvada
- Que vida mais parda
Êta que vida sedenta Que vida sebenta Que a gente só tenta
- Êta que vida nojenta
- Que vida sem beira
- que a gente nu'enfrenta
Êta que vida sem força Que vida, que farsa Que a vidéu mafarsa
- Êta que vida que farsa
- Que vida que falta
- mais vida, mais vida
Êta que vida mais besta Cavalo sem freio Burrin sem cabresto
Êta que vida mais lenta só chove, num venta Que agente aguenta
Êta que vida sem graça que é feito uma vara da ponta mais fina
Êta quevida distante Que olho distante olhar tá lá longe...
Êta que lata de tinta Que lata de vida que tinta não pinta
Êta menino no colo Que vida, que vida te espera na vida?
- Êta o sorriso no rosto
- Maninho no braço
- um filho no sonho
Êta que eu olho essa coisa me lembro do tempo pneu de Rural
Êta bacia chei d'água E cheia de roupa e cheia de planos
- Êta pneu de Rural