Poema sujo
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Estranhos ácidos sobem,
atravessam minha goela,
jorram memórias ruminadas
do fundo de uma panela
Corro à porcelana imunda
e logo envolvo-a num abraço,
aos lábios um gosto de cú
que não distenderá seu laço
Parecem beijos gemidos
contra meu reflexo n'água
que a bílis turva e rança:
passando mal, o mal se passa.
inspirado em http://gevaneios.blogspot.com/2011/04/poema-sujo.html