Sexta, 08/11/2002
<poem>
Esse Nevinho, esse estranho que surge em mim... deu um beijo na testa do Lula, beijo que pode ser um gancho para o que há muito queria dizer:
com tudo aprendemos, às vezes pouco, às vezes muito, aprendemos sempre e nesse aprender constante e crescente mais aumenta também o desejo de aprender e a distância entre o que não se sabe e o já aprendido (mesmo porque o aprendido foi num dado instante, um momento particular uma situação única que existiu trazendo consigo o contexto em que estava _ e não se repete). Aquele momento, por exemplo, em que me vi à frente do Presidente do Brasil só pensei... na verdade nem pensei, só senti o desejo de expressar toda a emoção da certeza que os 18 anos de esperança não foram em vão e que aquela fotografia quando subimos juntos no palanque montado atrás da Torre de TV pedindo eleições diretas-já é na verdade o retrato de algo inapreensível fugidio: o sexagésimo de segundo em que meu dedo apertou o botão da minha Canon F1, em Brasília cidade em que vivo, no Distrito Federal Brasil no hemisfério sul da nossa grande e pequena casa chamada Terra.