Sexta, 15/09/2006
Ir para navegação
Ir para pesquisar
<poem>
O vendedor de espelhos atravessando a W3 carrega penduradas em seus ombros as imagens das vitrines coloridas as faixas brancas para pedestres os carros parados no semáforo
Atravessando o Eixão Norte ele reflete tiras de céu, as árvores, as quadras, a grama e se arrisca a morrer atropelado por um carro a cem por hora...
Mil estilhaços esparramados no chão e cada pedaço guardando a lembrança de um lugar por onde ele passou e ninguém quis comprar seu espelho ambulante - em cada pedaço espalhado no asfalto vêem-se refletidos a cidade e seus habitantes