Sexta, 09/02/2007

De Sexta Poética
Revisão de 18h31min de 30 de março de 2009 por Nevinho (discussão | contribs)
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Alguma coisa em sua indiferença

paralisa a gente, me deixa estátua...

até mesmo o modo displicente

com que pega e gira a batata,

o movimento repentino de punho

parece dizer minha importância nenhuma


Desapareço entre as gôndolas de tomates

cebolas xuxu pimentão e berinjela...

pouco depois quem some mesmo é ela;

depois que passa o caixa,

embala as compras, enche o carrinho,

ela desce a rampa do mercado...


some, o que me faz acreditar

jamais tê-la visto


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