Discussão:Garoto-Vidro

De Sexta Poética
Revisão de 12h53min de 30 de abril de 2010 por Ozymandias (discussão | contribs)
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muito bom!

Sei que gostei de um poema quando me dá vontade de escrever sobre o mesmo tema, numa espécie de "furto santo". Belíssima imagem essa do garoto de vidro. Nevinho Mande-me uma mensagem 11h52min de 4 de fevereiro de 2010 (UTC)

cacos de vidro

Palavras duras, secas, afiadas...

frases diretas, objetivas, cortantes...

cortam a alma e momentos depois nos sentimos um pouco maiores por poder defender o garoto-vidro que carregamos daqueles que sempre tentam quebrá-lo.

Nevinho Mande-me uma mensagem 12h41min de 30 de Abril de 2010 (UTC)

Pelo proposto em seu poema só resta mesmo o suicídio... agora pergunto: prá quê tanta amargura e desencanto? Aonde se chega com esse ressentido jogo de palavras? Prefiro a arte que nos liberta do sofrimento, e lembra que apesar de tudo, do sistema cruel, da estupidez do mundo, da nossa cegueira, a vida é um milagre e o amor, tão perene e inefável quanto a relva. Que o digam os poetas (inesquecíveis) de todos os tempos que tem nos levado e alimentado com essa chama. A força da arte pelo reencantamento do mundo.

As tradições futuras

Existe um único lugar onde o ontem e o hoje se encontram e se reconhecem e se abraçam, e este lugar é o amanhã. Soam como futuras certas vozes do passado desse continente muito antigo. As antigas vozes, que ainda nos dizem que somos filhos da Terra, e que mãe a gente não vende nem aluga. Enquanto chovem pássaros mortos sobre a cidade do México e os rios se transformam em esgotos, os mares em depósitos de lixo e as selvas em deserto, essas vozes teimosamente vivas nos anunciam outro mundo que não seja este, envenenador de água, do solo, do ar e da alma. Também nos anunciam outro mundo possível as vozes antigas que nos falam de comunidade. A comunidade, o modo comunitário de produção e de vida é a mais remota tradição das Américas, a mais autêntica de todas: pertence aos primeiros tempos e às primeiras pessoas, mas pertence também aos tempos que vêm e pressentem um novo Mundo Novo. Porque nada existe menos estrangeiro que o socialismo nestas terras nossas. Estrangeiro é, na verdade o capitalismo: como a varíola, como a gripe, veio de longe.

O livro dos abraços, Eduardo Galeano

Poesias políticas causam-me tanto asco quanto poesias religiosas. A cada um sua função e seu caminho no mundo. Ozymandias 15h53min de 30 de Abril de 2010 (UTC)