Aventuras de Kafka II
Ir para navegação
Ir para pesquisar
II
Do alto da torre igreja,
viu, num morro breve,
uma moça solícita que acenava,
sob a velha porta do albergue.
Mas a água já tomara o vale.
Sobrara apenas a torre, o cume e,
distante a leste, um móvel de madeira.
Kafka titubeou, pensou em desistir,
instante em que lembrou do trabalho por fazer.
Sem temor, nosso autor, nadou até o móvel:
era sua velha escrivaninha que boiava,
então sentiu-se em casa.
Ver também
- Loucuras de Kafka - Poema aberto
- Loucuras de Kafka I