Ares pesados

De Sexta Poética
Revisão de 11h42min de 18 de julho de 2018 por Solstag (discussão | contribs) (de fato esses últimos versos, que já havia omitido no blog da g., só atrapalham...)
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"O Blogger não está disponível no momento"

...diz o blogger na área para deixar comentários.

Ou melhor, Blogger, a inicial maiúscula com que se refere a si mesmo o robô, já assumindo uma personalidade.

Enfim, até a revolução tecnológica nos falha, quem sabe de tão humana.

A cegueira é o acreditar. Até mesmo o acreditar em desacreditar.

Não há categorias no amor.

E sem o que conhecer ou desconhecer.

Apenas reconhecemos.

Uma espera que acaba em nós mesmos, não em outro.

Porque amar é reconhecer que não há.

Que estamos sós.

E a partir disso cuidarmos uns dos outros.

Para dar um sentido que transcenda nossa solidão.

Não porque há um sentido a ser entregue, não há nada ali.

A não ser o vazio para criá-lo.

Um sentido. Uma história. Uma memória.

Uma vida. Uma metáfora. Um poema.

Mandar um e-mail.

Para um destino incerto.

Respirar fundo o ar pesado e áspero.

Por aquilo que nos faz sentir.

E reter esse sentimento.

Até exalar uma reação.

Num grito.

Criação!


inspirado por http://gevaneios.blogspot.com/2011/05/ares-pesados.html