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De Sexta Poética
Revisão de 14h59min de 1 de abril de 2020 por Nevinho (discussão | contribs)
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Sim, lógico, poderia ser
Outra pessoa. Afinal
O que importa
É a companhia - qualquer uma
Pessoa, outra
Poderia ser.

Pessoa qualquer
Que ame a natureza
Goste de plantas
Defenda os animais

Pessoa qualquer que cuide da Lilica
Zele pelo Dique
Tem carrapato? Esse caroço na barriga o que é?

Pessoa qualquer que admira Niède Guidon
Respeita a Ana Maria Primavesi
Curte pintura rupestre e acredita na recuperação do solo

Uma que contemple o vale do Rio São Bartolomeu
E seus olhos azuis brilhem cintilando perguntas:
O capão da onça onde fica no mapa aqui?
Olhe o cerrado esse bioma e veja
A vida cuja diversidade assombra

Pessoa curiosa pelo que tem dentro
E cresce escondido da atenção comum ao dia a dia
Cura ferida?
Alimenta bicho?
Dá certo fazer um chá?
Atenta ao que existe à margem
E compõe o mosaico _ enfim,
No Planalto Central do Brasil
Alguém que descobriu nova razão de ser

Precisa-se dessa pessoa que ama a natureza
Que tem nome sim, importante pra mim
Mas aos outros basta sabê-la professora
(Seus detalhes, minúcias, segredos
Guardo todos pra mim)
Roncenho termista, mulher dolomítica

Infelizmente, não existe meia dúzia iguais assim
Quem me dera existissem duas
Juntando outros predicados que são necessários
Não sobrou ninguém

Nevinho