Pandemia
Ir para navegação
Ir para pesquisar
<poem> Protegida de pisadura de gado e escondida da passagem de gente, repousa a Dorstenia heringer, testemunha cenozóica do Planeta. Plantinha entre plantinhas, folha carnuda e fruto um cogumelo amarelo invertido e aberto —- mocó da Serra da Capivara, assiste estática o passar das eras. Sem ninguém para perguntar sua identidade se ela gosta de chuva ou clima seco se gosta de frio ou de calor sol ou sombra até que vai passar ali alguém (esse alguém, a razão do poema).
Completamente esquecida do tempo e alheia a epidemia e carências, Solidária ao poeta, ela se oferece A lhe fazer companhia. <\poem>