13 DE MAIO

De Sexta Poética
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Negro, tua tez negra, os teus olhos negros, humildade negra; teu passado é negro, teu futuro é negro, quanto mais te esqueces, negro.

Teu braço, teus suor, teu cheiro de negro, teu lombo de negro, humildade negra. _Catinga de nego, tens tu vagabundo!

Teu branco avental, tua santa paz branca, tuas costas de negra, humildade negra. _Candura de branca, tens tu, ó mãe-preta!

Tuas coxas, teus seios, teu cheiro de negra, teu dorso de negra, humildade negra. Vem cá minha nega, graçar coronel, vem logo fulô, fazer cafuné!

Teu futuro é negro, tanto mais é negro, quanto mais te esqueces, negro, Negro, negro, acorda, levanta do sono dos séculos! Dizendo-te sim, disseram-te não: das sujas a mais, a muito mais suja forma de prisão.