À margem do rio

De Sexta Poética
Revisão de 18h24min de 30 de março de 2009 por Nevinho (discussão | contribs)
Ir para navegação Ir para pesquisar

Contigo aprendi

que a margem de lá é como a margem daqui

contigo aprendi que o rio é profundo

tão grande é o mundo

impossível sentir vontade de andar numa margem apenas

impossível ficar sem querer me afogar

nas águas o amor contigo aprendi a arte

de deixar a corredeira empurrar seja lá pra onde for...


Mas o mais interessante nisso é que aprendi a lição

(não conter o coração) sem que houvesse professor.

Foste e não eras, querida.

Estiveste e não estavas.

Exististe?

Em todo caso, eu aprendi contigo que a doçura do olhar

está mais na vontade de ver do que no próprio enxergar

mais na vontade de ser mais que mais um

Explicando melhor é e não é

ser um rosto qualquer é não esconder no armário este lado menino não trancar na gaveta

o outro lado do rio que é,

como já disse, igual a este daqui

mas é uma questão de opção

simplesmente outra opção.


deixe seu comentário