Absinteria

De Sexta Poética
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Vou lhe contar,
caro amigo,
o caso do absinto
das ruelas de Praga.

Há lá uma absinteria,
que nunca imaginaria,
apensar de ter por aqui
cachaçarias e chperias.

Há várias absinterias,
mas vá lá, falo daquela
a mais bela das ruelas
com a bicicleta na porta
e a máquina de gelo verde,
que refresca de ver
girar o absinto.

Há ainda o calor
natural do verão de Praga
que acalora sem cansar.

O copo é transparente
de plástico firme
e gelo até a boca,
pequenos cubos,
milimetricamente gelados,
brigando com o canudo
pela posse do espaço.

Completa o absinto
meio doce,
meio amargo,
andando pelas ruas
e esbarrando nos teatros,
saboreando a tontura
do absinto gelado.

Basta fechar os olhos,
que sinto o absinto.