Alicerces I: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
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Quando pela rua descia,
Quando pela rua descia,
Devagar, propositadamente...
Devagar, propositadamente...
Para vê-la surgir magica iluminadamente
Para vê-la surgir mágica e iluminadamente


Casa amarela
Casa amarela

Edição das 22h23min de 6 de julho de 2010

<poem> Lá atrás, muito tempo atrás... No tempo da plenitude Como dizia Rubens Alves Quando os gestos substituiam palavras... Ações transformavam espaços e A felicidade era plena!

De um espaço vazio na terra Viu-se erguer uma casa Reluzia com o bater do sol. Reluziam-me os olhos e abria-me o peito Quando pela rua descia, Devagar, propositadamente... Para vê-la surgir mágica e iluminadamente

Casa amarela Janelas e portas brancas Não tinha portão, não! Não foi propositadamente Mas, atribui-lhe uma propriedade única Feita para ser admirada...

Mas... Houve um sonho Sonho sonhado não ansiado Nesse sonho tinha uma lanterna. Era noite. Eu procurava por colônias de cupins

De repente... vi uma abertura Abertura por baixo do chão da garagem A lanterna iluminou a abertura Pela abertura sabia ver o alicerce da casa Neste alicerce vi muita bagunça... Via muita madeira estragada Muitos ferros e tijolos em desordem Mas... principalmente Vi muitos, muitos, muitos cupins

Apavorada, pensei... Os cupins vão destruir o alicerce da casa Vão subir pelos tijolos e pela rede elétrica Podem destruir a casa toda! Acordei! Ufa, era um sonho...

Hoje, no tempo vazio Onde preenchemos espaços vazios com poemas, Posso afirmar... O sonho acontecia quando acordada Naquela noite, naquela única noite, Estive lúcida, mas não o suficiente...

Suficiente para me prevenir dos cupins E nem para perceber que a linda casa Estava feita sobre um alicerce fraco... Invariavelmente, iria desabar!

         26/05/2007