Apenas mais um Blues Triste: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
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Mais uma vez estou morto
Olhos abertos para os céus
Cinzas, frios, infinitos
A chuva cai sobre meu corpo
Os sinos tocam silenciosamente
Tudo se move, menos eu.


Novamente
Você ainda se lembra ?
Um sonho
Que não é meu
Um sonho
Do qual não posso
Nunca acordar.


Quem sou eu ?
Onde estou eu ?
Porque é tão sozinho e escuro
Tedioso aqui ?
Há um lugar para fugir ?




Eu não pertenço a este lugar
Olhavamos pela janela, para o céu azul
Olho com esforço para as pessoas
Abraçados, aconchegados em nossos braços
Ao redor de mim
Achando que o futuro era nosso
Mas não reconheço a ninguém
Vou sair correndo
Preciso fugir daqui
Preciso encontrar
Um lugar onde não me sinta
Sozinho
Abandonado.


E vou continuar correndo.
Desejos fúteis, juras de amor
Tolices acalentadas


Quem sou eu
Acreditavamos que o amanhã nos pertencia
Senão uma colcha de retalhos
Tinhamos forças para enfrentar deuses e monstros
De tantas causas e causações
Como se nada pudesse nos arrancar
Que não tem nada de mim ?
Do Paraíso que havíamos criado
                Para nós


Tudo parece novo e tão velho
E hoje estou eu aqui
Mas nada sou eu
Mudo todos os dias
Sozinho
E eu permaneço só
Dê o seu melhor
Dê o seu melhor.


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Aquela menina bonita
Com as mãos envelhecidas
Olha sempre para mim
Segurando um retrato preto-e-branco
Com grandes olhos e ternos
Marcado nos cantos, amarelado
Mesmo quando minhas mãos
De um passado
Se mantem envelhecidas
Esquecido
Na corrida do tempo.


Eu preciso de você
De uma mão acenando de longe
Dos seus olhos
De sorrisos e abraços que só existem agora
Dos seus sorrisos
Do seu nome que não lembro mais
Afinal, nem sei quem és
Eu preciso sentir vida.


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Na minha cabeça
 
                Na tristeza das minhas lembranças
Na escada apenas olhando
                Nos pesadelos oníricos que todos
As crianças a brincarem
Os dias lutam contra minha realidade
A se esquivarem
         
Alegres, fugindo pelos becos
Faz tanto tempo, tantos anos
Será que alguém
E o nosso destino
Está me esperando em casa ?
                Nossas promessas
 
Nossas juras de eterno amor
Vou correr para lá
Tornaram-se apenas mais
Mas
Um sonho
E se não houver
Nas brumas do esquecimento
Ninguém ?
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Ninguém se lembrará de mim
Mesmo se comprar um ramalhete
De flores
Ninguém vai estar me esperando
Com uma refeição
Quente.
 
Será que haverá alguém que
Se lembrará de mim
Quando eu partir ?


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[[Categoria:O Livro dos Esquecidos|O Livro dos Esquecidos]]
[[Categoria:O Livro dos Esquecidos|O Livro dos Esquecidos]]

Edição das 14h24min de 15 de junho de 2009



Você ainda se lembra ?



Olhavamos pela janela, para o céu azul
Abraçados, aconchegados em nossos braços
Achando que o futuro era nosso

Desejos fúteis, juras de amor
Tolices acalentadas

Acreditavamos que o amanhã nos pertencia
Tinhamos forças para enfrentar deuses e monstros
Como se nada pudesse nos arrancar

Do Paraíso que havíamos criado
                Para nós

E hoje estou eu aqui

Sozinho


Com as mãos envelhecidas
Segurando um retrato preto-e-branco
Marcado nos cantos, amarelado
De um passado
Esquecido

De uma mão acenando de longe
De sorrisos e abraços que só existem agora

Na minha cabeça
                Na tristeza das minhas lembranças
                Nos pesadelos oníricos que todos
Os dias lutam contra minha realidade
          
Faz tanto tempo, tantos anos
E o nosso destino
                Nossas promessas
Nossas juras de eterno amor
Tornaram-se apenas mais
Um sonho
Nas brumas do esquecimento