Apresentação do EmQuatro/William: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
Ir para navegação Ir para pesquisar
Sem resumo de edição
Sem resumo de edição
Linha 2: Linha 2:


<blockquote>
<blockquote>
&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;''Apresento-me. Eu aqui. Não sou poeta. Sem modéstia.''<br/>
&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;''Apresento-me. Eu aqui. Não sou poeta. Sem modéstia. Sou mesmo não. Tenho pressentimentos. Sangro por dentro. Saem linhas, às vezes. Às vezes, nem isso. De madrugada costuma acontecer, de não deixar dormir. Sou mais pra contista, é brinquedo mais demorado, pode-se errar mais vezes, Poeta não. Pelo menos, não de tempo integral.''<br/>
''Sou mesmo não. Tenho pressentimentos. Sangro por dentro.''<br/>
''Saem linhas, às vezes. Às vezes, nem isso. De madrugada cos-''<br/>
''tima acontecer, de não deixar dormir. Sou mais pra contis-''<br/>
''ta, é brinquedo mais demorado, pode-se errar mais vezes, Poe-''<br/>
''ta não. Pelo menos, não de tempo integral.''<br/>
<br/>
<br/>
&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;''EmQuatro. Por acaso, os encontrei. Rosane, sorriso de''<br/>
&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;''EmQuatro. Por acaso, os encontrei. Rosane, sorriso de nuvem mezozóica, E brasiliense <sup>_</sup> avis rara que é, para mim, objeto de estudo. Nevinho, muito eu. Goianos e mineiros, eterna osmose, esse reconhecer-se. Bilau, do Nordeste, a única litorânea, nos trazendo este vento leste, este sabor de sal, cruzar nossos caminos com pressa de biga romana.''<br/>
''nuvem mezozóica, E brasiliense <sup>_</sup> avis rara <sup>_</sup> o que é, para''<br/>
''Por acaso os encontrei, casca de noz que somos neste oceano encapelado. Com certeza, nos separaremos. Ficará o livro, o trançado de nossas vidas em um momento.''<br/>
''mim, objeto de estudo. Nevinho, muito eu. Goianos e minei-''<br/>
''ros, eterna osmose, esse reconhecer-se. Bilau, do Nordeste, a''<br/>
''única litorânea, nos trazendo este vento leste, este sabor de'' <br/>
''sal, cruzar nossos caminos com pressa de biga romana.''<br/>
''Por acaso os encontrei, casca de noz que somos neste oceano''<br/>
''encapelado. Com certeza, nos separaremos. Ficará o livro, o''<br/>
''trançado de nossas vidas em um momento.''<br/>
<br/>
<br/>
&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;''Apresento-vos. Sois alguns leitores nossos, uns por acaso,''<br/>
&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;''Apresento-vos. Sois alguns leitores nossos, uns por acaso,''<br/>
Linha 33: Linha 21:
<br/>
<br/>
&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;''Brasília, outubro de 1984''</blockquote>
&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;''Brasília, outubro de 1984''</blockquote>
 
</poem>


{{Comentário}}
{{Comentário}}
[[Categoria:Emquatro|W]]
[[Categoria:Emquatro|W]]

Edição das 21h40min de 6 de fevereiro de 2024


    Apresento-me. Eu aqui. Não sou poeta. Sem modéstia. Sou mesmo não. Tenho pressentimentos. Sangro por dentro. Saem linhas, às vezes. Às vezes, nem isso. De madrugada costuma acontecer, de não deixar dormir. Sou mais pra contista, é brinquedo mais demorado, pode-se errar mais vezes, Poeta não. Pelo menos, não de tempo integral.

    EmQuatro. Por acaso, os encontrei. Rosane, sorriso de nuvem mezozóica, E brasiliense _ avis rara que é, para mim, objeto de estudo. Nevinho, muito eu. Goianos e mineiros, eterna osmose, esse reconhecer-se. Bilau, do Nordeste, a única litorânea, nos trazendo este vento leste, este sabor de sal, cruzar nossos caminos com pressa de biga romana.
Por acaso os encontrei, casca de noz que somos neste oceano encapelado. Com certeza, nos separaremos. Ficará o livro, o trançado de nossas vidas em um momento.

    Apresento-vos. Sois alguns leitores nossos, uns por acaso,
outros por delicadeza de amizade, outros por parentesco, ou-
tros por pontos em comum. Não encontrareis aqui _ tirai o
cavalo da chuva _ a chave de nenhuma questão. Esta é apenas
mais uma valsa na dança crua da vida. Urge aproveitá-la bem,
antes que acabe. Valsai!

    Estamos todos apresentados? Que este livro, portanto,
se multiplique pelas cabeças que o lerem. Nem sei por que,
mas que seja assim. E se há como mudar o mundo, que ele se-
ja um passo nessa direção. Assim como está, não... não
dá pra ficar

                                    Brasília, outubro de 1984

</poem>